segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ADIÓS TERÇA INSANA

Agora é pra valer: Nesse fim de semana apresentamos a Terça Insana em São Paulo pela última vez. Grace, sua criadora, promete voltar em formatos e títulos diferentes. Mas para mim, que estive a seu lado desde o primeiro show no ano de 2001 e lá permaneci por oito anos consecutivos, foi a despedida de fato. Acho que esgotei minhas possibilidades no formato. Eu sei que parece burrice parar de fazer algo que está rendendo tanto dinheiro a tantos atores. Mas, para mim, o legal era fazer quando quase ninguém fazia e representávamos uma novidade no cenário do humor nacional. Agora o formato se banalizou. E eu já quase não acho mais graça no humor. Pelo menos em fazer esse tipo de humor. Foi muito emocionante reencontrar antigos colegas no palco e na plateia. Rever e revisitar antigos personagens. A Terça Insana representou para mim, além do enorme sucesso, uma verdadeira escola. Eu aprendi a fazer algo que não sabia, ou não sabia que sabia. Graças à insistência e à generosidade de Grace Gianoukas. Ela soube me conduzir do tímido apresentador que eu era nas primeiras apresentações ao versátil comediante em que me transformei. Modéstia, evidentemente, à parte. Muito bom assistir da coxia Luis Miranda dando um show de interpretação com sua impagável Sheila. Marco Luque, verdadeiro one man show, fazendo tudo o que sabe - e não é pouco - em seu Silas Simplesmente. Arthur Kohl, Renato Caldas, Agnes Zuliani, Mila Ribeiro, Guilherme Uzeda e Leia Bastos, a personificação da mascote Insanete, desfilaram seus tipos nas três noites do Teatro Bradesco. E, claro, Grace Gianoukas, a insana mor, que dividiu-se em três: Aline Dorel, Preguiça e Cinderela. Quem viu, viu. Quem mão viu não vai ver mais.
Na foto, elenco e equipe técnica recebem chuva de pétalas ao final do espetáculo de domingo.

Um comentário:

  1. Bob, o projeto Terça Insana é e sempre será um divisor de águas no humor brasileiro, não só como inovação da contra-cultura mas também como revelador e consolidador de talentos. É minha humilde opinião. Me sinto orgulhoso por ter em casa o troféu Terça Insana de Humor 2003, sinal que em algum momento fiz parte desse projeto. Seguir em frente é o caminho natural das coisas, talento para isso você tem, que venha mais teatro, mais cinema e mais televisão. Bravo!

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