KEITH HARING
Ontem tive o prazer de visitar a exposição de Keith Haring, na Caixa Cultural do Conjunto Nacional. Fui logo na abertura da mostra, pois estava super ansioso para apreciar seus trabalhos. Quando chegamos na entrada, Weidy e eu, percebemos que era só para convidados e, dommage!, não tínhamos o convite. Por alguns instantes, meu mundo caiu. Fiquei parado em frente à porta, via as pessoas chegando com seus convites na mão e entrando e não acreditava que ficaria de fora. Foi quando vi que ao meu lado estava um rapaz japonês com um crachá da Caixa. Pensei: é ele que vai me convidar para entrar. Fiz a cara mais desolada do mundo enquanto mentalizava: me convida, me convida. Não deu outra: em menos de cinco minutos ele virou pra mim e perguntou: Vocês querem entrar? Sim, respondi como uma criança perguntada se queria um brinquedo. Eu libero vocês, ele falou, nos acompanhando até o lado de dentro. Agradeci muito e me entreguei ao prazer da contamplação das obras desse artista que adoro. Acho que estou me transformando num velho chorão. Cada vez mais eu fico emocionado com arte, artistas, suas histórias, suas vidas. Toda trajetória artística que começa pequena, simples e despretenciosa e que, com o tempo e o boca a boca acaba atingindo o sucesso, me emociona sobremaneira. Minha experiência na Terça Insana foi assim. Logo, a identificação é total e imediata. E circulei entre as obras com lágrimas nos olhos sem o menor pudor. Das ruas de Nova Iorque para as estações do Metro e, posteriormente, para as galerias de arte e museus do mundo. Em Paris há um belíssimo trabalho de Keith na igreja Sainte Eustache. Suas obras podem ser vistas em paredes e painéis no mundo inteiro, de Ilhéus, na Bahia, onde ele costumava fugir do frio inverno novaiorquino, até Tóquio, Amsterdã e o muro de Berlim. Além do prazer de apreciar as obras e de tomar os deliciosos drinques de Absolut que estavam sendo servidos, ainda ganhamos um catálogo maravilhoso, com reproduções das obras expostas e várias informações sobre Keith Haring e sua fundação. Vinte anos após sua morte esse artista continua atual, e sua mensagem de amor e amizade continua a rodar o mundo. Rodar literalmente, pois está estampada até mesmo em shapes de skate...
Agradeço aqui ao simpático funcionário da assessoria de imprensa da Caixa pelos convites. Valeu!