domingo, 4 de agosto de 2024
JUNTOS & AO VIVO
A recente divulgação massiva da mega turnê dos irmãos Maria Bethânia e Caetano Veloso, retomando a dupla que fizeram quarenta e seis anos atrás, me pos a pensar no quanto o tempo passou depressa de lá para cá... Sim, eu assisti ao antológico show dos irmãos que virou LP gravado ao vivo. Corria o ano de 1978 do século passado, eu contava verdes quinze aninhos de idade e fiz minha irmã Rita me levar ao Teatro Leopoldina para assisitr àquele encontro que eu não podia perder por nada no mundo... Lembro até hoje do quanto me encantaram os figurinos e a cenografia: Tudo remetia ao mar, à terra, conchas, troncos, bandeiras, pipas, tudo bege, tudo cru; e, claro, as performances de Caetano e Bethânia que, juntos e ao vivo, eram algo totalmente fora do jamais imaginado por mim... Lembro também do quanto me surpreendeu o repertório do show, com Bethânia cantando O Leãozinho, sucesso de Caetano, e ele cantando Carcará, hit da irmã; os duetos Maninha e João e Maria, de Chico Buarque, e Meu Primeiro Amor, de Cascatinha e Inhana; Caetano se declarando para a irmã em Maria Bethânia, de Nelson Gonçalves, e Bethânia arrebatadora as allaways em Falando Sério, hit do rei Roberto Carlos... Fiz fotos com a minha Olympus Trip 35 (com flash na cara dos artistas) e obriguei a Rita a ir comigo no camarim para pegar os autógrafos. Lembro que Bethânia recebia os fãs toda linda num quimono de cetim vermelho todo bordado e Caetano, encolhido a um cantinho, parecia morrer de frio no inverno gaúcho com um blusão de lhama... A tal divulgação massiva a que me referi no começo do post, e com massiva quero dizer em todas as plataformas (digitais ou não) possíveis, me fez pensar não apenas na rapidez da passagem do tempo, mas também, e sobretudo, no quanto não me interessam esses mega shows de agora. Nos quais a gente não vê nada nem ouve nada direito. Quem se dispõe a ir até os grandes espaços onde são apresentados acaba assistindo a tudo por um telão de LED. Se é para ver no telão, prefiro a tela da minha TV no conforto da minha casa. Aquela emoção de ver os artistas de perto, em um teatro, sentado em uma poltrona e depois ir até o camarim é algo que ficou no passado. Uma pena. Mas, como tudo hoje em dia, o show biz precisa faturar... Fico com minhas memórias!
Na foto, Bethânia e Caetano pela lente da minha Olympus.
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Concordo contigo ipsis litteris, shows em grandes estádios é uma furada sem tamanho. Aqui também será num estádio, no mesmo que tive uma experiência péssima com Os Tribalistas. Como você relatou, passei pelo perrengue do preço do ingresso, do estacionamento, do aperto e incômodo de ter que ficar em pé, e vi o show pelo telão.
ResponderExcluirAté entendo o fato de fazer para o maior número de pessoas possível em função dos custos e agendas, mas não me pega.
É como eu costumo dizer, Odilon: Não tenho mais idade...rsrsrs.
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