quarta-feira, 17 de novembro de 2021

GIL IMORTAL

Quem me conhece ou segue o blog sabe que sou fã declarado de Gilberto Gil. Desde há muito. Refazenda, Refavela, Refestança, Realce. E sabe também que o que mais admiro em Gil é sua habilidade com as palavras. Gil é um homem de letras. As melhores. As mais geniais. Suas composições são obras primas cujo material é a língua portuguesa. Por isso sua eleição para a Academia Brasileira de Letras é mais do que merecida, na minha opinião. Que o digam Tempo Rei, Seu Olhar, Metáfora, Esotérico, Super Homem a Canção e tantas outras pérolas compostas por ele. Ou a pouco conhecida O Compositor Me Disse, quase um hai kai, gravada por Elis no disco de capa branca de 1974. Acho muito bem vinda essa abertura da Academia para outras formas de expressão artística que usem a palavra. Quanto a Fernanda Montenegro, tenho minhas dúvidas. Ok, uma atriz trabalha com as palavras, portanto, com as letras. Mas atrizes e atores, em geral, se utilizam de palavras alheias, escritas por um autor. São intérpretes, não criadores da escrita cênica. Se formos por esse caminho, advogados, juízes, tradutores, fonoaudiólogos, coaches e palestrantes em geral, youtubers, digital influencers e blogueiros também poderiam se candidatar a uma cadeira na academia. Posto que todos esses profissionais trabalham com a palavra, portanto, com a língua portuguesa. Acho que dá uma certa desvirtuada no processo. Mas isso é só o que eu acho e, como o blog é meu, me permito expressar aqui. Rsrsrs... Mas que Gil merece, merece. Assim como Chico Buarque, que além de excelente compositor é também autor de diversos romances. Já dona Fernanda... Me desculpem, sou bem chato com tudo o que diz respeito à nossa língua. Não diria que sou purista, mas gerundismos, excesso de gírias e regionalismos e esses modismos como o uso de pronomes neutros me dão muita preguiça. A língua portuguesa é inclusiva. Todos, por exemplo, inclui todos e todas. Todes não existe, não é nada. O gênero gramatical não tem nada a ver com gênero sexual. Inclusão é muito mais uma questão de atitudes na vida prática do que de semântica. Fica a dica. Mas o post é para falar de Gil. Viva Gilberto Gil! Que ele não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure. Brincadeira. Gil é e sempre foi imortal. Com fé, que a fé não costuma falhar. Na foto, Gil fotografado por mim no show Realce em Porto Alegre.

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