quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

YOUTUBE

Adoro essa plataforma, ou seja lá como se chama, de vídeos. Confesso que uso mais para áudio, é meu local preferido para ouvir música. E, tirando os anúncios, que detesto, amo a maneira como o YouTube nos leva de uma coisa à outra, o tal algoritmo. Dia desses, enquanto assistia ao último episódio de The Crown no Netflix, tocou a música Star Man, de David Bowie, numa das cenas. Depois de assistir à série fui procurar a música no YouTube e, quando percebi, tinha ido parar no álbum Encore!, de Klaus Nomi. Me dei conta de que eu escutava isso nos anos oitenta em Porto Alegre e do quanto era moderno e continua sendo. Daí, claro, fiquei pensando: O que é moderno assim hoje em dia? E o aplicativo seguiu me levando a The Cure, Marianne Faithful, Laurie Anderson, Tom Waits e tantos mais. Laurie Anderson eu cheguei a assistir ao vivo num show em Paris nos anos noventa, no lendário cinema e teatro Grand Rex, verdadeiro templo do art-déco. Cadê aquela modernidade toda? Onde foi parar? De repente fiquei velho e sem modernidades equivalentes à minha atualidade... Lembro que na primeira peça que dirigi em Porto Alegre, Lisístrata, enquanto o público entrava no teatro e esperava o espetáculo começar, ficava tocando justamente este álbum de Klaus Nomi, Encore!. E lá se vão trinta e dois anos... Mas, voltando ao YouTube, foi ele que divulgou a Terça Insana para o Brasil e o mundo e é ele que me faz viajar no tempo através de álbuns e canções que marcaram a minha trajetória. Chego à conclusão que talvez a modernidade de hoje seja justamente essa ferramenta que nos põe em contato com o passado. E que, tirando os youtubers, o YouTube é realmente o máximo...
Nas fotos, Klaus Nomi na capa do icônico álbum Encore! e o ingresso do show de Laurie Anderson que, obviamente, guardei.

2 comentários:

  1. Bob, você tem o poder de trazer à tona os modernos, os outrora modernos, e, na minha humilde opinião, aqueles que serão modernos para sempre. Klaus Nomi é um bom exemplo.

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  2. Querido! Sejamos modernos. O que quer que isso queira dizer. Será sempre melhor do que sermos ultrapassados...

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