quarta-feira, 8 de maio de 2019

TARSILA POPULAR

Que bom que o mês de maio chegou trazendo uma boa nova: Finalmente a fila para a exposição de Tarsila do Amaral no MASP deu uma aliviada e aproveitei para visitá-la. Isso porque era quarta-feira, por volta de duas horas da tarde. Quando saí, pelas quatro, a fila já estava novamente enorme. Como tem sido desde a abertura da exposição. Isso me deixa muito feliz. Que bom que as pessoas estão interessadas em arte. É no mínimo reconfortante... Mas, vamos à minha visita. Rever Tarsila é sempre enriquecedor. Eu já havia visto quase todas essas obras em uma mostra do Sesi no ano em que cheguei em São Paulo, 1996. Aliás, naquela ocasião estava também exposto o quadro A Lua, um dos meus preferidos que, se não me engano, foi vendido recentemente para o MOMA de Nova Iorque... Visitar uma exposição de Tarsila do Amaral é como receber uma notícia boa sobre o Brasil. O que tem sido raro. Nos últimos anos, diga-se de passagem. É perceber o quão universais podemos ser sem deixar de ser quem somos. É compreender a diversidade que nos formata como nação... Adoro Tarsila, sua obra, sua história, o fato dela ter ido estudar em Paris, de ter sido aluna de Fernand Léger. Adoro a maneira como ela incorpora os elementos da pintura modernista europeia no que intuitivamente já concebia como moderno. Sua antropofagia. Sua beleza, tão bem revelada por ela própria nos autorretratos... Lá estão os mega famosos Abaporu, Antropofagia, Operários e A Negra; os contundentes Trabalhadores, Segunda Classe e Operários; o singelo Manacá e o belíssimo Maternidade; e o impressionante e colorido Batizado de Macunaíma... Não dá para perder. A exposição Tarsila Popular fica no MASP até o dia 23 de junho. Corre!
Nas fotos, a festa das cores do Batizado de Macunaíma e a beleza de Maternidade.

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