Esse mês, mais exatamente no dia 23, vai fazer quatro anos que estive em Paris pela última vez. Para quem, como eu, ia regularmente desde 2007 isso significa tempo demais. Principalmente porque vivi na cidade no começo dos anos noventa e nutro por ela uma paixão imensurável. Mas, como eu dizia, faz quatro anos que estive lá pela última vez. Na ocasião, fui até a Notre-Dame, como sempre faço, rezei um pouco e comprei uma daquelas adoráveis velas que vem num copinho de plástico com a imagem de Nossa Senhora. (Não “nossa dama”, como traduziu um repórter da Globo ontem no jornal). Faço questão de dizer que comprei porque quando pego uma vela eu deixo uma contribuição em dinheiro. Ao contrário de várias pessoas que apenas colocam a vela na bolsa e saem... Pois ontem, quando fiquei sabendo do lamentável incêndio que destruía esse patrimônio da humanidade, eu já estava em chamas de tanta saudade de estar em Paris, justamente por estarmos em abril, mês do meu aniversário, e por eu ter ido passá-lo lá quatro anos atrás... Confesso que doeu. Me entristeceu muito. Não apenas o fato em si, mas a torrente de fotografias que passaram a ser postadas nas redes sociais. Não me refiro às fotos do incêndio, mas das pessoas em frente à catedral. Parece que o sentimento não é de pesar e sim: Vamos aproveitar que a Notre-Dame está pegando fogo e postar fotos mostrando que já estivemos lá? Perdoai-os, mãe, eles não sabem o que fazem. Sinto muito por Paris, pelos franceses, pela humanidade. Desejo que eles consigam sair logo dessa. Como já saíram de outras até bem piores. E me calo. Je vous salue, Marie...
Na foto, feita na última vez que estive em Paris, as lindas velas da Notre-Dame.
terça-feira, 16 de abril de 2019
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