Tenho me perguntado sem parar como foi que consegui viver vinte e dois anos na cidade de São Paulo sem nunca ter ido conhecer o Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera. Pois nesse último domingo, atraído pelo anúncio de uma exposição de bonsais, fui finalmente visitar este inusitado pedaço do Japão em plena Pauliceia. O curioso é que vou com certa frequência ao Ibirapuera para andar de bicicleta, tomar sol, e nunca tinha sequer suspeitado do que guardavam aquelas cercas... Bonsais, para quem porventura não saiba, são aquelas árvores anãs que os japoneses sabem fazer como ninguém. E que enchem os olhos e a alma. Ao passar pelo portão de entrada a gente já é meio que transportada para o Oriente. Ou para o que imagino que deva ser, posto que nunca estive do outro lado do mundo. Eu que já me embriago de japonismo andando pelas ruas do bairro da Liberdade, agora tenho mais um cantinho para me deliciar imaginando que estou no Japão. Enquanto aguardo ansiosamente pela oportunidade de um dia vir a conhecê-lo... Mas, além da exposição de bonsais belíssimos, alguns com flores e até frutos, tem o acervo permanente, o pavilhão em si, que é arrebatador, e o viveiro de carpas. As mais lindas, as maiores, de insuspeitadas cores, incríveis. Lembrei de Caio Fernando Abreu, que no texto Abolerados Blues, diz: Aquela tarde no Ibirapuera quando, olhando as carpas coloridas, de repente tudo ficou mágico... Todo o entorno é um grande jardim japonês, com pedras, areia desenhada, muitas plantas e árvores. Ah! Em julho voltarei lá para conferir a floração das cerejeiras. Quem vier a São Paulo não deve deixar de visitar esse lugar abençoado...
Nas fotos, detalhe do jardim de pedra, recanto do pavilhão em si, as carpas e eu fazendo a gaysha...
segunda-feira, 7 de maio de 2018
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