sexta-feira, 13 de abril de 2018

ABRIL URGENTE!

Quero primeiramente me desculpar com os leitores. Ando escrevendo pouco. Juro que não é falta de assunto. É de vontade, mesmo. Tenho pensado muitas vezes antes de abrir a boca. Os assuntos estão todos prementes. Urge que se resolva, que se discuta, que se tome partido. Há que se estar de um lado ou de outro, a favor ou contra, dentro ou fora. Confesso que esses "ous" me angustiam. Sou muito mais os "es": Dentro e fora, a favor e contra, de um lado e de outro... Ainda bem que escrever, para mim, é mais fácil do que falar. E é para isso que estou aqui. Estou adorando esse mês de abril. Comigo não tem esse negócio de inferno astral. O mês do meu aniversário já é para mim motivo de felicidade desde o primeiro dia. Que nesse ano, além de ser o dia da mentira, foi também o Domingo de Páscoa. Temperaturas já bem mais amenas trazem dias de sol e céu azul. Meus amigos Mareu Nitschke e Carlos Bertuol estão comemorando um ano de abertura do Espaço Quadrado, misto de galeria e loja, onde ambos expõem seus talentos: As roupas criadas por Mareu, cada vez mais criativo e genial, e as pinturas de Carlos, não menos criativas e geniais, que passam a ganhar outras dimensões e se transformam em objetos e esculturas. Fui conhecer o Espaço no fim de semana passado. Fica em uma agradável casa de três andares na rua Oscar Freire, com um terraço (ou rooftop, para usar uma palavra da moda) que é uma delícia para se fazer festas, eventos ou o que mais se imaginar... Estive também a visitar a exposição de Titi Freak na A7MA Galeria, na Vila Madalena. Entitulada Tão Longe e Tão Perto, a mostra apresenta pinturas e gravuras que o grafiteiro fez quando estava no Japão. A ideia é revelar o quanto essas duas culturas estão presentes na vida e na obra do artista. Sou fã... No domingo fui assistir ao monólogo do ator Marcos Caruso: O Escândalo Philippe Dussaert. Que, depois de longa temporada no Rio de Janeiro e turnê pelo país, finalmente chega a São Paulo. O brilhante texto de Jacques Mougenot cai como uma luva para a não menos brilhante interpretação de Caruso. É de uma excelência, de um nível tão acima do corriqueiro dos palcos, que pode-se dizer que se trata de uma master class de interpretação. Um deleite para quem aprecia o bom teatro. Soube que em mais de quarenta anos de carreira esse é o primeiro solo do ator. O que me confortou de certa forma, pois ainda não consegui fazer o meu em trinta e três. Por outro lado, me fez sentir ainda mais urgência de fazê-lo... Na quarta-feira foi a vez de conferir a estreia do instigante A Ira de Narciso, outro solo, este protagonizado por Gilberto Gavronski. O texto, uma autoficção de Sergio Blanco, teve idealização e tradução do querido Celso Curi, figura icônica do circuito das artes paulistano, e direção de Yara de Novaes. Mas o Gilberto, diferente de mim e do Caruso, já é craque em fazer solos... No mais, continuo em cartaz com o Arquivo Terça Insana, todas as terças-feiras de abril e maio, no Teatro Itália. Quem estiver de passagem por São Paulo, por favor, apareça!
Nas fotos, Carlos e Mareu junto a suas criações, obra do artista Titi Freak, Marcos Caruso em cena de Philippe Dussaert e Gilberto Gavronski como o autoficcional Sergio Blanco.

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