sábado, 14 de janeiro de 2017

HORTANCE, A VELHA

Vim ao Rio de Janeiro nessa quinta-feira especialmente para assistir à estreia de Grace Gianoukas na peça Hortance, a Velha. Esse texto de Gabriel Chalita tem a cara de Grace e parece ter sido escrito sob medida para ela. Sempre muito autoral em tudo o que faz, Grace se apropria da história e do personagem de Chalita e os reinventa para si própria, deixando tudo com mais cara de Grace ainda. A direção é de Fred Mayrink, que já a dirigira brilhantemente na novela Haja Coração. Excelente diretor, Fred prepara tudo para que Grace transborde seu talento livremente sobre a cena. E ela deita e rola... Amparada por uma equipe de profissionais competentes e talentosos, Grace conduz a plateia pelo cotidiano e pelas lembranças dessa velha adorável, que se apresenta adoravelmente vestida, penteada, maquiada e iluminada a desfilar por um cenário igualmente encantador. A gente ri, se diverte, se emociona e sai do teatro querendo mais. Os anos e anos em que Grace andou pelos palcos do país com seus stand ups e personagens a fizeram ainda mais atenta a cada reação da plateia. Ela está mais presente e afiada do que nunca. No dia em que o cabaré de Hortance está para fechar, a velha é surpreendida pela presença do público e resolve presenteá-lo com um número especial. Esse público, no caso, somos nós, os espectadores. E o número especial, sem sombra de dúvida, é a própria Grace. The one and only. Senhoras e senhores, aplausos, por favor!

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