Eis que 2016 finalmente chega ao fim. Não vou ficar dizendo que foi um ano difícil, ou mesmo um ano horrível como muitos estão dizendo, nem que ele levou muita gente bacana. Eu acho o seguinte: Cada pessoa tem a sua hora de morrer. E o ano não tem nada a ver com isso. Se elas resolveram morrer todas de uma vez, que deixem o ano fora dessa... A pior coisa de 2016, pra mim, foi não ter trabalhado. Não me lembro de nenhum outro ano, desde que estreei profissionalmente em 1985, em que eu não tenha feito nenhum trabalho. Mesmo em 2010 quando, ao deixar a Terça Insana depois de oito anos, resolvi tirar um ano sabático só para viajar e curtir, nem naquele ano fiquei completamente sem trabalhar. Acabei fazendo uma coisinha aqui e outra ali. Não fazer nada profissionalmente para quem, como eu, ama o que faz é osso duro de roer... Outra coisa que me faz gostar menos de 2016 do que dos outros anos é não ter ido a Paris. Tenho uma séria implicância com os anos em que não vou visitar minha cidade do coração... Minha grande amiga e irmã astral Lidoka, eterna Frenética também nos deixou. Triste perda. Assim como Elvis, meu filho gato, meu bebê pet. Que estará comigo para todo o sempre, enquanto eu estiver vivo, na memória do meu coração... Anteontem, dia 29, tomei um banho de chuva libertador. Corri, pulei com os braços abertos, olhando pro céu e deixando a chuva lavar os olhos. Chapinhando as poças d'água como as crianças do prédio ao lado. Lembrei da minha infância em Soledade. Fui feliz e lavei a alma... Hoje acordei cedo, cozinhei lentilhas, passei o dia preparando a ceia para receber amigos queridos que estarão comigo na virada do ano. Estar junto de quem se ama será sempre o melhor presente. Desejo a todos os leitores e amigos um excelente 2017. Ano ímpar! Que assim seja...
Na foto eu, como pinto no lixo, lembrando os banhos de chuva da infância.
sábado, 31 de dezembro de 2016
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