Dia desses fui ao Issa para comer takoyaki, o bolinho de polvo que tanto adoro. Eu havia descoberto esse simpático izakaya anos atrás quando fui ao teatro escola Celia Helena, no bairro da Liberdade, para assistir ao espetáculo de formatura de um amigo e, ao procurar um lugar para comer algo e tomar um drink enquanto esperava, encontrei essa maravilha escondida na Rua Barão de Iguape. Na ocasião eu nem sabia que o Issa era um izakaya, nem tampouco o que isso significava. Passaram-se os anos, os izakayas viraram uma tendência na cidade, e, no próprio Issa, acabo por comprar um livro interessantíssimo que me foi oferecido pela proprietária, Dona Margarida: Izakaya - Por Dentro dos Botecos Japoneses, de Jo Takahashi, com fotografias de Tatewaki Nio e ilustrações de Mika Takahashi. Agora estou me sentindo super por dentro do assunto e a cada semana descubro um izakaya ainda mais encantador do que o outro. Vamos à definição: Izakayas são uma mistura de boteco com pub, bar e bistrô. Originalmente eram locais que vendiam o sakê para ser levado para casa. Mas, evidentemente, as pessoas gostavam de experimentar o sakê antes de levá-lo e para isso os comerciantes passaram a servir pequenas porções de aperitivos para acompanhar a degustação da bebida. Dá para imaginar o que veio na sequência... Hoje eles são gastrobares de poucos lugares, cardápio pequeno e com uma variedade de bebidas. Os pratos estão mais para porções, espécie de tapas japoneses que a gente nunca se conforma em comer só um ou dois, acaba experimentando vários... E, consequentemente, bebendo vários sakês. Aí, quando vem a conta, já viu... Além do Issa, eu já conhecia o moderno Minato Izakaya, em Pinheiros. E agora estou experimentando aos poucos os outros locais que o livro apresenta. Essa semana estive no Kidoairaku, um dos mais antigos da Liberdade. Parece uma casa de vó, meio bagunçada, mas a comida é realmente maravilhosa. Bagunçada e acumuladora, tal a quantidade de objetos espalhados pelo local. Fui atendido pelo Erik, filho do dono, que me contou curiosidades e me deu dicas do que pedir. Sim, porque o cardápio, colado na parede, é todo escrito em japonês... Ainda tenho muito o que desbravar nesse setor dos izakayas. Mas o livro é realmente interessante, além de belíssimamente ilustrado e fotografado. Vale a pena.
Nas fotos, a capa do livro, Dona Margarida posa para mim e o cardápio na parede do Kidoairaku.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
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