Tenho passado agradáveis dias na companhia de Caio Fernando Abreu. Explico: O Sesc Copacabana está apresentando, desde o dia seis de junho, a ocupação Caio F Epifanias. Além da exposição Doces Memórias, que é permanente, a programação traz teatro, música, dança, cinema e debates até o dia sete de agosto. É muito tempo na companhia de alguém tão bacana como Caio e que já nos deixou há inacreditáveis vinte anos! Tem sido um deleite para mim, além de rever amigos, rever muito do escritor, sua obra e sua controversa persona. Quem me conhece e/ou segue o blog sabe da minha rápida convivência com ele nos seus cinco últimos anos de vida e o quanto isso foi belo e significativo para mim. Corre entre amigos e conhecidos em comum que Caio deixou muitas viúvas. Seriam os vários amigos e amigas que brigam pelo direito a perpetuar a sua memória. Como se isso fosse necessário, imaginem, logo agora que ele se transformou em fenômeno cult da internet... Assim sendo, já estive visitando a exposição na companhia de Grace Gianoukas, em pausa de gravações da novela Haja Coração, que aproveitou para dar uma entrevista a uma revista de celebridades enquanto nos revíamos e visitávamos juntos os recantos da memória de Caio. Estive também no debate Caio F Uma Vida Encenada, com os queridos Luís Arthur Nunes, Gilberto Gavronski e Renato Farias, no qual se falou sobre a dramaturgia de Caio e as adaptações de sua obra literária para o teatro. Outro debate que presenciei foi Caio F Vida & Ficção, com Paula Dip, João Silvério Trevisan e Luiz Fernando Emediato. Esse pegou fogo, com prós e contras surgindo o tempo todo e revelando a multifacetada personalidade do controverso personagem em questão e o quanto sua vida e obra estão entrelaçadas... Maravilhoso e aconchegante foi o show de Marina Lima e Cida Moreira no qual elas apresentaram músicas de que Caio gostava enquanto Candé Salles lia trechos da obra dele que se referiam às duas cantoras. Emocionante. Candé, aliás, em outra noite, apresentou e debateu seu filme Para Sempre Teu Caio F, do qual participo como ator interpretando A Lenda das Jaciras, texto em que Caio define e classifica de forma hilariante os tipos de gays existentes no mundo. E ainda tem muito mais. Amanhã, por exemplo, irei assistir ao espetáculo Como Era Bonito Lá, que a atriz Nara Keiserman concebeu a partir de cartas e entrevistas de Caio. E a coisa segue até agosto com extensa programação prevista. Fiquei muito feliz com essa iniciativa do Sesc. Fala-se que o Brasil é um país sem memória mas, felizmente, isso parece estar sendo aos poucos corrigido. Principalmente por propostas como esta. Através dela percebe-se o quanto a memória de Caio ainda está viva e o quanto ela perdurará... Viva Caio Fernando Abreu!
Nas fotos, visitando a exposição na companhia de Grace, o abraço de Cida & Marina e reencontro com Luisar e Gilberto.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
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Invejinha. Esses eventos deveriam viajar pelo Brasil. A memória de Caio merece.
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