Me sento à mesa de um café na Place du Tertre, em Montmartre, para fazer hora para ir ao teatro, que fica na Rue des Abesses, logo abaixo. Cheio de expectativas para ver o solo de um comediante que mistura magia e teatro em um espetáculo sem uma só palavra. Tenho feito e visto muitas coisas desde que cheguei em Paris. Por exemplo, a montagem de Sonho de Uma Noite de Verão, da Comédie-Française, com encenação despojada, focada na performance dos atores. A interessante exposição sobre Édith Piaf, na Biblioteca Nacional da França: Bastante rica em termos de documentação, deixa a desejar em figurinos (apenas um!) e objetos pessoais. Mas me diverti muito no inusitado karaokê em que além de cantar os hits de Piaf, você pode registrá-los e eles os enviam por e-mail. Minha interpretação de Non, Je Ne Regrette Rien foi bastante aplaudida por um casal de dinamarqueses que me assistia... Tenho estado em lugares onde nunca estive e feito coisas que nunca fiz antes. Como a Passage de la Voute, com o charmoso arco em forma de gato, que homenageia Charles Trenet. E o charme vintage do restaurante Chartier, que serve a boa comida francesa a preços baixos. Sem falar no inesquecível couscous marroquino no Bistrot Le Petit Monac. E assim sucedem-se os dias, como devem ser: Plenos de aprendizado e descobertas. Com muito prazer. Agora que me sento para postar esse texto já assisti ao espetáculo que fazia hora para assistir: Hallo, de Martin Zimmermann. Uma interessante proposta de linguagem e de dramaturgia. Sozinho em cena ele desafia a lógica numa surpreendente contracenação com a cenografia. Do riso à reflexão. Poesia e absurdo.
Nas fotos, cartaz na exposição de Piaf, a fachada do Chartier e menina posando para artista na Place du Tertre.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
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