quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A ELEGÂNCIA DO OURIÇO
Meu amigo G. Comini, com quem troco impressões sobre amenidades como a arte e o sentido da vida, me indicou a leitura de A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery. Já bastante atraído pelo título, fui atrás dessa verdadeira obra de arte que tem me consumido os dias quentes desse verão incomum. Um livro para quem gosta realmente de ler e, sobretudo, para os amantes da língua, seja ela qual for. No nosso caso, a portuguesa. Não cheguei sequer à metade do volume, que tem trezentas e cinquenta páginas. É que leio atentamente, releio certas passagens, sublinho e paro a leitura para pensar sobre o que ela propõe. G. é um artista cujo trabalho é composto de pequenas gravuras que ele recorta e cola até formar inacreditáveis colagens, cheias de beleza e reflexão sobre os mais variados temas tais como vaidade, ambição, narcisismo, solidão. Um verdadeiro ourives a tecer filigranas. Obviamente uma indicação sua não poderia ser desprezada. E assim fui fisgado por essa leitura, por esses personagens que, como nós, buscam sentido para suas vidas. Um romance instigante, para dizer o mínimo. Isso sem falar que a história se passa em Paris... Disse tudo, não? Il faut le lire. Descobri na internet que já foi filmado e estou louco para assistir. Depois de terminar a leitura, evidentemente. Se alguém souber onde posso encontrar esse filme me avisa aqui? Merci.
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