SACANAGEM
Ficou combinado que sacanear o próximo é uma coisa bacana e só eu não sabia? É o que penso quando assisto àquele comercial de uma revenda de carros no qual dois funcionários mandam um terceiro abrir a porta para receber os clientes, estes entram na loja como se fosse um estouro de boiada, atropelando o rapaz que os saudou com um simpático bom dia. Os outros dois, “espertos”, justificam seu procedimento com a frase: Ah, ele é estagiário! E, depois que todos saem da loja e o infeliz jaz no chão todo estropiado, um deles diz: Vamos almoçar? Como se nada tivesse acontecido ao colega. Eu disse quando assisto, mas, na verdade, é quando assisti. Pois foi só uma vez. Agora, sempre que esse comercial começa, eu troco imediatamente de canal. Gostaria muito de entender a mensagem subliminar desse tipo de publicidade. E também o que passa na cabeça de quem as cria. Já escrevi aqui no blog sobre os comerciais de cerveja, no post Loiras Geladas, de fevereiro de 2011, e do quanto fico incomodado com a visão machista e preconceituosa que eles tem. Mas esse, agora, foi longe demais. Quem passa por cima dos outros se dá bem? Vou pensar em mim e os colegas que se danem? Quando chegar o próximo estagiário ele se vinga? Esse tipo de raciocínio adolescente e infame colabora em muito com a inversão de valores na qual a sociedade moderna está mergulhada até o pescoço. Mas o Brasil, agora, é um país no qual todos podem comprar carros em trinta e seis vezes e, não importa como, eles precisam ser vendidos para a economia rodar. Só que, paradoxalmente, não roda: Gera caos e congestionamentos intermináveis. Mas isso já é assunto para um outro post. Desculpe o desabafo. Sou chato, sim. E cheio de princípios éticos...
Ficou combinado que sacanear o próximo é uma coisa bacana e só eu não sabia? É o que penso quando assisto àquele comercial de uma revenda de carros no qual dois funcionários mandam um terceiro abrir a porta para receber os clientes, estes entram na loja como se fosse um estouro de boiada, atropelando o rapaz que os saudou com um simpático bom dia. Os outros dois, “espertos”, justificam seu procedimento com a frase: Ah, ele é estagiário! E, depois que todos saem da loja e o infeliz jaz no chão todo estropiado, um deles diz: Vamos almoçar? Como se nada tivesse acontecido ao colega. Eu disse quando assisto, mas, na verdade, é quando assisti. Pois foi só uma vez. Agora, sempre que esse comercial começa, eu troco imediatamente de canal. Gostaria muito de entender a mensagem subliminar desse tipo de publicidade. E também o que passa na cabeça de quem as cria. Já escrevi aqui no blog sobre os comerciais de cerveja, no post Loiras Geladas, de fevereiro de 2011, e do quanto fico incomodado com a visão machista e preconceituosa que eles tem. Mas esse, agora, foi longe demais. Quem passa por cima dos outros se dá bem? Vou pensar em mim e os colegas que se danem? Quando chegar o próximo estagiário ele se vinga? Esse tipo de raciocínio adolescente e infame colabora em muito com a inversão de valores na qual a sociedade moderna está mergulhada até o pescoço. Mas o Brasil, agora, é um país no qual todos podem comprar carros em trinta e seis vezes e, não importa como, eles precisam ser vendidos para a economia rodar. Só que, paradoxalmente, não roda: Gera caos e congestionamentos intermináveis. Mas isso já é assunto para um outro post. Desculpe o desabafo. Sou chato, sim. E cheio de princípios éticos...
Na foto, São Paulo, a cidade que não para(va).
Tô contigo Bob, já tinha reparado nesse comercial e, seguindo seu exemplo, vou mudar de canal sempre que ele começar. A indústria pode criar pérolas como a do primeiro sutiã e recentemente a do garoto risadinha, mas como nem tudo são flores, cria-se bobagens como essa do estagiário e a outra da cerveja que os garotos ficam invisíveis e vão invadir o banheiro feminino.
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