GATOS
Sinceramente, acho que gatos são uma forma evoluída de vida. Diferentemente de nós, humanos, eles são tranquilos, sábios e naturalmente superiores. Tem classe. Vou mais além: Acho que vêem coisas que nós, reles humanos, não somos capazes de ver. É preciso que se conviva com eles para perceber o que digo. Às vezes flagro o Elvis, meu gato, olhando atentamente para um ponto atrás de mim. Me volto, cheio de curiosidade, para conferir o que é e não vejo na-da. Um observador menos atento e mais superficial dirá que são interesseiros. São, também. E quem não é? Temos, todos, os nossos interesses. De naturezas e intensidades diferentes, mas temos. Minha mãe dizia que são traiçoeiros. Ledo engano. Eles só não tem é paciência para todo aquele nhém-nhém-nhém que cachorros e crianças adoram. E, quando a paciência acaba, eles avisam com uma mordida ou arranhãozinho. A casa, fique bem entendido, é deles. Eles escolhem os lugares onde gostam de deitar, sentar, comer, dormir. O meu, por exemplo, decidiu que dormir é no meio das minhas pernas. Eu que me vire para conseguir pegar no sono sem atrapalhá-lo. E quer saber? Tomo o máximo cuidado para que isso não aconteça. Porque se ele resolvesse ir dormir em outro lugar, quem sairia perdendo, naturalmente, seria eu. Isso tudo sem falar que são auto-limpantes. A gente não precisa ficar levando toda hora no petshop pra tomar banho e voltar – argh! - com aquele terceiro olho indiano brilhante colado no meio da testa... Para completar, e essa ninguém vai acreditar: Elvis fala comigo. Me olha e mia pedindo água na torneira. Completamente diferente da maneira que mia quando quer entrar ou sair do quarto... Ah! E adora fotografar. Isso, as fotos que ilustram o post podem provar. Espero que depois de evoluir bastante como ser humano eu possa, finalmente, encarnar um gato. E dar adeus ao desassossego e às inquietações, reinando absoluto deitado sobre o meu sofá...
Sinceramente, acho que gatos são uma forma evoluída de vida. Diferentemente de nós, humanos, eles são tranquilos, sábios e naturalmente superiores. Tem classe. Vou mais além: Acho que vêem coisas que nós, reles humanos, não somos capazes de ver. É preciso que se conviva com eles para perceber o que digo. Às vezes flagro o Elvis, meu gato, olhando atentamente para um ponto atrás de mim. Me volto, cheio de curiosidade, para conferir o que é e não vejo na-da. Um observador menos atento e mais superficial dirá que são interesseiros. São, também. E quem não é? Temos, todos, os nossos interesses. De naturezas e intensidades diferentes, mas temos. Minha mãe dizia que são traiçoeiros. Ledo engano. Eles só não tem é paciência para todo aquele nhém-nhém-nhém que cachorros e crianças adoram. E, quando a paciência acaba, eles avisam com uma mordida ou arranhãozinho. A casa, fique bem entendido, é deles. Eles escolhem os lugares onde gostam de deitar, sentar, comer, dormir. O meu, por exemplo, decidiu que dormir é no meio das minhas pernas. Eu que me vire para conseguir pegar no sono sem atrapalhá-lo. E quer saber? Tomo o máximo cuidado para que isso não aconteça. Porque se ele resolvesse ir dormir em outro lugar, quem sairia perdendo, naturalmente, seria eu. Isso tudo sem falar que são auto-limpantes. A gente não precisa ficar levando toda hora no petshop pra tomar banho e voltar – argh! - com aquele terceiro olho indiano brilhante colado no meio da testa... Para completar, e essa ninguém vai acreditar: Elvis fala comigo. Me olha e mia pedindo água na torneira. Completamente diferente da maneira que mia quando quer entrar ou sair do quarto... Ah! E adora fotografar. Isso, as fotos que ilustram o post podem provar. Espero que depois de evoluir bastante como ser humano eu possa, finalmente, encarnar um gato. E dar adeus ao desassossego e às inquietações, reinando absoluto deitado sobre o meu sofá...
Nas fotos, três momentos de Elvis modelando.
Que lindo o Elvis. Adorei!
ResponderExcluir“Ele fixaria em Deus aquele olhar de esmeralda diluída, uma leve poeira de ouro no fundo. E não obedeceria porque gato não obedece. Às vezes,quando a ordem coincide com sua vontade, ele atende mas sem a instintiva humildade do cachorro, o gato não é humilde, traz viva a memória da liberdade sem coleira. Despreza o poder porque despreza a servidão. Nem servo de Deus. Nem servo do Diabo."
(Lygia Fagundes Telles – texto extraído do livro A Disciplina do Amor)
http://literaturaemcontagotas.wordpress.com/2009/01/02/os-gatos-por-lygia-fagundes-telles/
Para conseguir captar tal essência, é porque o nível de percepção já não está tão "mortal" assim. Só espero que não vire gato tão logo.
ResponderExcluirGrande abraço.