MEU ANIVERSÁRIO
Quem me conhece e/ou segue o blog sabe que adoro fazer aniversário e comemorá-lo. Este, como sempre, foi especial. Os festejos começaram na terça-feira, véspera da data em si. Após minha última apresentação dos Homens Insanos, fui encontrar minha querida e frenética amiga Lidoka, que estava em São Paulo e faz anos no mesmo dia que eu! De modo que viramos a meia noite entre queridos, brindando com champanhe nossos anos em um restaurante no bairro de Higienópolis. Bem bão. Lidoka e eu já havíamos comemorado juntos nosso aniver em 2005, quando eu estava em cartaz no Rio de Janeiro e fizemos uma festa chez nossa amiga em comum Beta Leporage. Como se tamanha alegria não bastasse, no dia do aniversário em si fui brindado com um dia de verão em pleno outono, quente e ensolarado como gosto. E, como a luz dos dias outonais é especialmente bela, imaginem como fiquei feliz. Tirei o dia para não fazer nada, apenas descansar, curtir, brindar a alegria de estar vivo. Brinquei com meus amigos, dizendo que agora que fiz quarenta e nove, ano que vem vou fazer quarenta e sete... Recebi, via facebook, inúmeras mensagens de fãs e amigos queridos que me fizeram chorar de alegria. Ganhei presentes, beijos, abraços, felicitações. E bebi muito champanhe! Já estou louco pra fazer aniversário de novo. Ainda mais que serão apenas quarenta e sete...
Na foto, comemorando meus dezessete aninhos com a Dora no apartamento de Porto Alegre.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
SACANAGEM
Ficou combinado que sacanear o próximo é uma coisa bacana e só eu não sabia? É o que penso quando assisto àquele comercial de uma revenda de carros no qual dois funcionários mandam um terceiro abrir a porta para receber os clientes, estes entram na loja como se fosse um estouro de boiada, atropelando o rapaz que os saudou com um simpático bom dia. Os outros dois, “espertos”, justificam seu procedimento com a frase: Ah, ele é estagiário! E, depois que todos saem da loja e o infeliz jaz no chão todo estropiado, um deles diz: Vamos almoçar? Como se nada tivesse acontecido ao colega. Eu disse quando assisto, mas, na verdade, é quando assisti. Pois foi só uma vez. Agora, sempre que esse comercial começa, eu troco imediatamente de canal. Gostaria muito de entender a mensagem subliminar desse tipo de publicidade. E também o que passa na cabeça de quem as cria. Já escrevi aqui no blog sobre os comerciais de cerveja, no post Loiras Geladas, de fevereiro de 2011, e do quanto fico incomodado com a visão machista e preconceituosa que eles tem. Mas esse, agora, foi longe demais. Quem passa por cima dos outros se dá bem? Vou pensar em mim e os colegas que se danem? Quando chegar o próximo estagiário ele se vinga? Esse tipo de raciocínio adolescente e infame colabora em muito com a inversão de valores na qual a sociedade moderna está mergulhada até o pescoço. Mas o Brasil, agora, é um país no qual todos podem comprar carros em trinta e seis vezes e, não importa como, eles precisam ser vendidos para a economia rodar. Só que, paradoxalmente, não roda: Gera caos e congestionamentos intermináveis. Mas isso já é assunto para um outro post. Desculpe o desabafo. Sou chato, sim. E cheio de princípios éticos...
Ficou combinado que sacanear o próximo é uma coisa bacana e só eu não sabia? É o que penso quando assisto àquele comercial de uma revenda de carros no qual dois funcionários mandam um terceiro abrir a porta para receber os clientes, estes entram na loja como se fosse um estouro de boiada, atropelando o rapaz que os saudou com um simpático bom dia. Os outros dois, “espertos”, justificam seu procedimento com a frase: Ah, ele é estagiário! E, depois que todos saem da loja e o infeliz jaz no chão todo estropiado, um deles diz: Vamos almoçar? Como se nada tivesse acontecido ao colega. Eu disse quando assisto, mas, na verdade, é quando assisti. Pois foi só uma vez. Agora, sempre que esse comercial começa, eu troco imediatamente de canal. Gostaria muito de entender a mensagem subliminar desse tipo de publicidade. E também o que passa na cabeça de quem as cria. Já escrevi aqui no blog sobre os comerciais de cerveja, no post Loiras Geladas, de fevereiro de 2011, e do quanto fico incomodado com a visão machista e preconceituosa que eles tem. Mas esse, agora, foi longe demais. Quem passa por cima dos outros se dá bem? Vou pensar em mim e os colegas que se danem? Quando chegar o próximo estagiário ele se vinga? Esse tipo de raciocínio adolescente e infame colabora em muito com a inversão de valores na qual a sociedade moderna está mergulhada até o pescoço. Mas o Brasil, agora, é um país no qual todos podem comprar carros em trinta e seis vezes e, não importa como, eles precisam ser vendidos para a economia rodar. Só que, paradoxalmente, não roda: Gera caos e congestionamentos intermináveis. Mas isso já é assunto para um outro post. Desculpe o desabafo. Sou chato, sim. E cheio de princípios éticos...
Na foto, São Paulo, a cidade que não para(va).
segunda-feira, 16 de abril de 2012
GATOS
Sinceramente, acho que gatos são uma forma evoluída de vida. Diferentemente de nós, humanos, eles são tranquilos, sábios e naturalmente superiores. Tem classe. Vou mais além: Acho que vêem coisas que nós, reles humanos, não somos capazes de ver. É preciso que se conviva com eles para perceber o que digo. Às vezes flagro o Elvis, meu gato, olhando atentamente para um ponto atrás de mim. Me volto, cheio de curiosidade, para conferir o que é e não vejo na-da. Um observador menos atento e mais superficial dirá que são interesseiros. São, também. E quem não é? Temos, todos, os nossos interesses. De naturezas e intensidades diferentes, mas temos. Minha mãe dizia que são traiçoeiros. Ledo engano. Eles só não tem é paciência para todo aquele nhém-nhém-nhém que cachorros e crianças adoram. E, quando a paciência acaba, eles avisam com uma mordida ou arranhãozinho. A casa, fique bem entendido, é deles. Eles escolhem os lugares onde gostam de deitar, sentar, comer, dormir. O meu, por exemplo, decidiu que dormir é no meio das minhas pernas. Eu que me vire para conseguir pegar no sono sem atrapalhá-lo. E quer saber? Tomo o máximo cuidado para que isso não aconteça. Porque se ele resolvesse ir dormir em outro lugar, quem sairia perdendo, naturalmente, seria eu. Isso tudo sem falar que são auto-limpantes. A gente não precisa ficar levando toda hora no petshop pra tomar banho e voltar – argh! - com aquele terceiro olho indiano brilhante colado no meio da testa... Para completar, e essa ninguém vai acreditar: Elvis fala comigo. Me olha e mia pedindo água na torneira. Completamente diferente da maneira que mia quando quer entrar ou sair do quarto... Ah! E adora fotografar. Isso, as fotos que ilustram o post podem provar. Espero que depois de evoluir bastante como ser humano eu possa, finalmente, encarnar um gato. E dar adeus ao desassossego e às inquietações, reinando absoluto deitado sobre o meu sofá...
Sinceramente, acho que gatos são uma forma evoluída de vida. Diferentemente de nós, humanos, eles são tranquilos, sábios e naturalmente superiores. Tem classe. Vou mais além: Acho que vêem coisas que nós, reles humanos, não somos capazes de ver. É preciso que se conviva com eles para perceber o que digo. Às vezes flagro o Elvis, meu gato, olhando atentamente para um ponto atrás de mim. Me volto, cheio de curiosidade, para conferir o que é e não vejo na-da. Um observador menos atento e mais superficial dirá que são interesseiros. São, também. E quem não é? Temos, todos, os nossos interesses. De naturezas e intensidades diferentes, mas temos. Minha mãe dizia que são traiçoeiros. Ledo engano. Eles só não tem é paciência para todo aquele nhém-nhém-nhém que cachorros e crianças adoram. E, quando a paciência acaba, eles avisam com uma mordida ou arranhãozinho. A casa, fique bem entendido, é deles. Eles escolhem os lugares onde gostam de deitar, sentar, comer, dormir. O meu, por exemplo, decidiu que dormir é no meio das minhas pernas. Eu que me vire para conseguir pegar no sono sem atrapalhá-lo. E quer saber? Tomo o máximo cuidado para que isso não aconteça. Porque se ele resolvesse ir dormir em outro lugar, quem sairia perdendo, naturalmente, seria eu. Isso tudo sem falar que são auto-limpantes. A gente não precisa ficar levando toda hora no petshop pra tomar banho e voltar – argh! - com aquele terceiro olho indiano brilhante colado no meio da testa... Para completar, e essa ninguém vai acreditar: Elvis fala comigo. Me olha e mia pedindo água na torneira. Completamente diferente da maneira que mia quando quer entrar ou sair do quarto... Ah! E adora fotografar. Isso, as fotos que ilustram o post podem provar. Espero que depois de evoluir bastante como ser humano eu possa, finalmente, encarnar um gato. E dar adeus ao desassossego e às inquietações, reinando absoluto deitado sobre o meu sofá...
Nas fotos, três momentos de Elvis modelando.
domingo, 15 de abril de 2012
ABRIL
Nossa! Assim você me mata, mês de abril... Mal começou e já está na metade? Daqui há dez dias faço aniversário, da pra ir um pouco mais devagar? De repente tudo ficou tão interessante e rápido e eu me vejo correndo atrás, cansado, feliz, animado, desafiado e outra vez interessado. Entre Guerra e Paz no Memorial da América Latina, La Traviata no Teatro Municipal, Pina Bausch por Wim Wenders em 3d e a São Paulo Cia de Dança ao som de Antony and the Johnsons em Supernova, me equilibro para dar conta dos Homens Insanos, com os quais estou em cartaz às terças-feiras, e os espetáculos Vilcabamba e Cabarecht, que ensaio nos dias restantes... De repente até as novelas voltaram a ser boas, haja tempo! Enquanto me esforço para dar conta de tudo com dignidade me pergunto se já não é hora de sair de cena, finalmente me dedicar à contemplação da natureza em uma casinha de frente pro mar. Mas esse questionamento não pode durar muito tempo, tenho textos e canções para aprender e decorar. Não estudava tanto desde que saí da faculdade de teatro. Os anos que passei na Terça Insana, em pé atrás de um microfone, me tiraram o fôlego para um teatro mais corporal, como o que treino agora com Alexandra Golik no seu “irmavápico” Vilcabamba. Digo treino mesmo. É físico e é puxado. E “irmavápico”, alcunha que venho de criar, porque faço vinte trocas de personagem durante uma hora e quinze de espetáculo. Louco para estrear... Acho que agora me livro de vez das gordurinhas inconvenientemente localizadas no meu abdômen... Já no Cabarecht, que ensaio com minha mestra e ídola Cida Moreira, são dez canções de Bertolt Brecht que tenho que aprender e decorar, com letras em português, inglês, francês e alemão. Tá bom ou quer mais? Felizmente hoje é domingo e a única coisa que me havia proposto fazer eu acabo de consegui-lo: Escrever esse post. Agora vou descansar. Je reviens tout de suite!
Nossa! Assim você me mata, mês de abril... Mal começou e já está na metade? Daqui há dez dias faço aniversário, da pra ir um pouco mais devagar? De repente tudo ficou tão interessante e rápido e eu me vejo correndo atrás, cansado, feliz, animado, desafiado e outra vez interessado. Entre Guerra e Paz no Memorial da América Latina, La Traviata no Teatro Municipal, Pina Bausch por Wim Wenders em 3d e a São Paulo Cia de Dança ao som de Antony and the Johnsons em Supernova, me equilibro para dar conta dos Homens Insanos, com os quais estou em cartaz às terças-feiras, e os espetáculos Vilcabamba e Cabarecht, que ensaio nos dias restantes... De repente até as novelas voltaram a ser boas, haja tempo! Enquanto me esforço para dar conta de tudo com dignidade me pergunto se já não é hora de sair de cena, finalmente me dedicar à contemplação da natureza em uma casinha de frente pro mar. Mas esse questionamento não pode durar muito tempo, tenho textos e canções para aprender e decorar. Não estudava tanto desde que saí da faculdade de teatro. Os anos que passei na Terça Insana, em pé atrás de um microfone, me tiraram o fôlego para um teatro mais corporal, como o que treino agora com Alexandra Golik no seu “irmavápico” Vilcabamba. Digo treino mesmo. É físico e é puxado. E “irmavápico”, alcunha que venho de criar, porque faço vinte trocas de personagem durante uma hora e quinze de espetáculo. Louco para estrear... Acho que agora me livro de vez das gordurinhas inconvenientemente localizadas no meu abdômen... Já no Cabarecht, que ensaio com minha mestra e ídola Cida Moreira, são dez canções de Bertolt Brecht que tenho que aprender e decorar, com letras em português, inglês, francês e alemão. Tá bom ou quer mais? Felizmente hoje é domingo e a única coisa que me havia proposto fazer eu acabo de consegui-lo: Escrever esse post. Agora vou descansar. Je reviens tout de suite!
Nas fotos, a fachada iluminada do Teatro Municipal e o cartaz de Guerra e Paz.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
PETER PAN EM SP
Quem procurar aqui nos arquivos do blog irá encontrar, no mês de junho do ano passado, um post intitulado Peter Pan em Paris, que me foi inspirado pelo espetáculo Pan, de Irina Brook, a que assisti naquela minha temporada na Cidade Luz. O post de hoje aconteceu aqui mesmo, em São Paulo... Estava eu na academia, me forçando a fazer trinta minutos de esteira na tentativa de queimar gorduras insistentemente localizadas no meu abdômen, quando, ao mudar os canais do monitor de TV, me deparei com o filme Em Busca da Terra do Nunca. A partir daí, ficou tudo mais fácil e agradável. Eu amo essa obra prima de Marc Forster, com Johnny Depp vivendo o escritor James Barrie, autor do clássico para todas as idades, Peter Pan. Considero esse filme uma das mais bem sucedidas adaptações da obra de Barrie jamais feitas. E olha que já foram feitas muitas e muitas, não apenas no cinema, mas no teatro, na dança, musicais, desenhos animados e etc. Não pretendo fazer uma crítica do filme e, muito menos, contar a história, bem conhecida por todos, do menino que não queria crescer. Mas, sim, dividir com os possíveis leitores do post o impacto positivo que ela sempre me desperta. Fiquei muito encantado, especialmente hoje, com a cena em que o escritor conversa com o pequeno Peter, o menino que lhe inspirou o personagem, e sugere que ele escreva um livro. Peter responde que não sabe fazê-lo, nem sobre o que escreveria. Então Mr. Barrie sugere: Escreva sobre a baleia falante. Que baleia? Pergunta Peter. Essa que está trancada dentro da sua imaginação, louca para sair, emenda o escritor. Voilà! É isso. Para escrever, há que se dar asas à imaginação. Para representar, também. Assim também é para pintar, cantar, tocar um instrumento, dançar. Assim, diga-se de passagem, é como se deve fazer para viver. E, como estou sem muito tempo para escrever, aciono aqui minha baleia falante para abrir esse mês de abril...
Na foto, minha versão cômica do personagem de James Barrie, que me cai como uma luva. Afinal de contas, como Peter Pan, eu também não cresci...
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