quarta-feira, 30 de março de 2011


PAR MOI-MÊME...

Finalmente estreei o meu primeiro espetáculo solo. É como dar à luz um filho. Além da felicidade de constatar que tudo deu certo, que funciona junto à platéia, que dei conta do que me propus a fazer, tem também o prazer de ser algo feito por mim mesmo, como diz o título do post, em francês. Uma das metas que me tinha proposto para 2011 era provar pra mim mesmo que sou capaz de ser empreendedor. Isso eu consegui e representou uma superação de limite pessoal. É claro que sozinho eu não teria conseguido fazer coisa alguma. O fazer teatral, por definição, é uma atividade coletiva. E essa pequena vitória, que representa o pontapé inicial de uma trajetória que espero longa e bem sucedida, só me foi possível graças à ajuda inestimável da produtora Kátia Graceli, da KG Produções, de São José do Rio Preto, que embarcou comigo nessa loucura. Eu não sei o que teria sido de mim sem ela, o pianista Aimar de Noronha Santinho, Silviane Ticher, Weidy Barbosa Leite, Kleber Montanheiro, toda a equipe do Teatro Municipal de S. José do Rio Preto e a imprensa local, que também deu o maior apoio, com matérias bacanérrimas. Esse post é basicamente um agradecimento público e coletivo a todas essas pessoas e mais a Carlos Bertuol, Eliseu Cabral, Cau Saccol, Agnes Zuliani e quem mais eu possa estar esquecendo de mencionar. Solo é maneira de falar. Par moi-même é maneira de falar. Como já dizia o poeta, é impossível ser feliz sozinho... Agora é só arregaçar as mangas e trabalhar!

Na foto, Betina Botox sai de cena clicada pelo maravilhoso fotógrafo Ricardo Boni, a quem também sou grato.


quarta-feira, 23 de março de 2011


ENFIM SOLO...
Esse fim de semana estreio meu primeiro espetáculo solo: Piano, Voz & Personagens, acompanhado do pianista Aimar de Noronha Santinho, em São José do Rio Preto. Ok, não estarei sozinho em cena, o Aimar estará comigo. Mas não deixa de ser um solo de ator, serei o único ator em cena. E é também uma maneira de iniciar a carreira solo sem me sentir completamente desamparado... Todo mundo me pergunta: Por que em São José do Rio Preto? Como se fosse menos importante a gente estreiar numa cidade do interior. Ora, porque foi onde tudo se arranjou para que o espetáculo nascesse e se construísse! Estive lá recentemente, acompanhado de minha amiga Agnes Zuliani, no espetáculo Solos de Verão, que criamos para o Janeiro Brasileiro de Comédia, evento que acontece anualmente naquela cidade. Nessa ocasião, tive a oportunidade de reencontrar minha amiga e produtora local Kátia Graceli, que há uns três anos atrás levara a Terça Insana para Rio Preto. A recepção do público para o nosso espetáculo foi tão boa e motivadora, que senti enorme vontade de estar lá novamente. Então Kátia me sugeriu que criasse um espetáculo meu, que ela produziria e faríamos a minha estreia nacional no Teatro Municipal de São José do Rio Preto. Eu adorei a idéia e, louco que estava pra fazer alguma coisa realmente minha, cheguei em São Paulo e botei mãos à obra. Por indicação de Antonio Vaz Leme, músico que acompanhou meu amigo Edson Cordeiro em vários projetos, cheguei ao pianista Aimar de Noronha Santinho, com quem estou tendo a honra e o prazer de trabalhar. Há bastante tempo que estava querendo juntar música e humor, o que, de certa forma, eu já havia feito quando ainda estava no elenco da Terça Insana, acompanhado de Cida Moreira. Agora, nesse Piano, Voz & Personagens, finalmente realizo o meu intento: Tenho um recital de humor. Faço seis personagens e um quadro antigo, que criei bem o começo da Terça Insana, ainda no Next Cabaret, chamado Jornal Insano e agora rebatizado de Telejornal Musical. Os personagens cantam, o pianista executa temas musicais variados e um dos personagens chega a tocar piano a quatro mãos com ele. É como se fosse o meu acústico. Exaustivamente delicioso de fazer. Estou contando os dias para a estreia. Quem morar em Rio Preto ou região, não deixe de assistir. Sábado, dia 26, às 21 horas e domingo, dia 27, às 20 horas. MERDE!!
Na foto, a arte chiquérrima criada por meu amigo Carlos Bertuol.

segunda-feira, 21 de março de 2011





ADAPTAÇÃO
Não estou me referindo ao genial filme dos irmãos Kaufman, cuja história gira em torno de um livro sobre orquídeas, apesar de que vou falar sobre elas também. O título do post refere-se a uma adaptação no programa do fim de semana que tive que fazer para compensar o cancelamento do show da cantora alemã Ute Lemper. Há anos que sonho em assistir Ute o vivo. Quando ainda morava em Porto Alegre, nos anos oitenta, um amigo me deu de presente uma fita K7 gravada com canções de cabaret interpretadas por ela. Lembro-me especialmente de Surabaya Johnny, de Kurt Weil e Bertold Brecht, que eu já conhecia da versão em português gravada por Cida Moreira. Desde que moro em São Paulo, Ute Lemper já havia vindo cantar uma ou duas vezes aqui, mas eu nunca pude assiti-la. Dessa vez me preparei todo, comprei os ingressos antecipadamente e, na última hora, o show foi cancelado. Dommage... Passado o jato de água fria que representou para mim essa mudança repentina e indesejada de planos, resolvi ser feliz com o que o fim de semana tinha para oferecer. E foi muito bom. No sábado, logo pela manhã, fomos à belíssima exposição de orquídeas, que acontece anualmente na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, no bairro da Liberdade. Além das belíssimas orquídeas expostas, no andar térreo havia a feira, onde era possível comprá-las para levar para casa. Eu, que tenho especial admiração por tudo que se relaciona à cultura japonesa, adorei o programa. À tarde fomos assistir ao concurso Miss La Cage 2011, uma deliciosa e irreverente brincadeira organizada pelos bailarinos que fazem parte do elenco do musical A Gaiola das Loucas, cujas últimas apresentações foram nesse fim de semana. Cada bailarino interpretava uma miss que representava um país diferente. A vencedora foi a Miss Tailândia, interpretada por Bruno Kimura, que, travestido, fica uma mulher perfeita. De seu traje típico saíam bolinhas tailandesas usadas na prática do pompoarismo... O júri era composto, entre outros, por Miguel Falabela, Diogo Vilela, Cininha de Paula e o produtor Sandro Chaim. Divertidíssimo. À noite fui na casa de meu amigo Cau Saccol, que recebeu amigos para tomar vinho e celebrar a lua cheia que, infelizmente, não pode ser vista em céu paulistano... O tempo, por aqui, anda bastante chuvoso ou, no mínimo, nublado. E assim se passou o fim de semana, inicialmente frustrado pela ausência de Ute Lemper, mas devidamente adaptado para o que tinha de ser... Bonne semaine à tous!
Nas fotos: A diva Ute Lemper, Miss La Cage 2011 e orquídeas da exposição.

sexta-feira, 18 de março de 2011


ELLA SINGS COLE
Com todas as evoluções tecnológicas que digitalizaram a música, minimizaram formatos e midias, eu continuo ouvindo música em CD. Foi o máximo que consegui alcançar na escala da evolução tecnológica. E, consequentemente, compro muito CD. Aliás, já não tenho mais onde guardar CDs aqui em casa. E um dos mais ouvidos, de todos que tenho, é Ella Sings The Cole Porter Song Book. Um álbum duplo onde Ella canta grande parte dos hits de Cole Porter, cuja obra é composta quase que inteiramente de hits, como quem assovia distraidamente uma melodia qualquer, ou cantarola no banho. É impressionante como Ella canta sem fazer o menor esforço. As elaboradas melodias de Cole Porter saem da sua boca com a naturalidade de quem está falando algo doce no seu ouvido. Não me canso de ouvir. E, por incrível que pareça, esse CD cai bem em absolutamente todos os momentos e locais. Em casa, tomando um drink. No carro viajando pra praia. Na praia em si, com o walkman de frente pro mar.. E o que mais você inventar de possibilidades, momentos e locais. A interpretação de Ella para I Love Paris, por exemplo, é definitiva. Os arranjos são sofisticados, as melodias requintadas e a interpretação de Ella sempre é, no mínimo, elegante. Ellagante. E a audição segue com You Do Something to Me, Easy to Love, Love for Sale, So in Love, Night and Day, Begin the Beguine e etc. Passando pela incrível Every Time We Say Goodbye...Mais de trinta canções. E, no final, erros que Ella cometeu durante a gravação de Let's Do It (Let's Fall in Love), se é que isso é possível, Ella errar. Até tossindo ela é afinada...E reclama: It's so long!
Conheci esse CD em 2007, quando voltei pela primeira vez a Paris desde que lá morara, em 1990/91. Adoro o mais que perfeito: Morara. Acho chique. Acho digno. Pois foi na cidade luz que me apaixonei por essa obra de Ella e Cole e não me cansava de bater perna pelas ruas de Paris ouvindo adivinha o quê? I Love Paris. Que foi, aliás, a primeira canção que quis aprender quando comecei a fazer minhas aulas de canto com Cida Moreira. E é a mais pura verdade: Eu amo Paris na primavera, no outono, no inverno e no verão. Every moment of the year, como diz a canção. Meu amigo João Faria, que mora lá desde os anos noventa, tinha em casa esse CD que ficou no meu walkman durante as duas semanas que durou aquela minha estadia. Depois, quando cheguei aqui, encomendei pela minha irmã Rita, que mora nos Estados Unidos, e ela me presenteou no Natal daquele ano com ele. Até hoje é o CD que mais viaja comigo, além de ter cópia dele no meu leptop. Eu recomendo! Ah, pra vocês que são tecnologicamente evoluídos, dá pra baixar na internet no blog Elemento Musical. Fica a dica. E agora vou continuar ouvindo Ella cantar para mim. Au revoir...

quinta-feira, 17 de março de 2011


17 DE MARÇO
Se estivesse viva, hoje a cantora Elis Regina completaria 66 anos de idade. Infelizmente, ela partiu, precocemente, aos 37. Eu sempre fui e continuo sendo grande fã dessa que foi, pra mim, a maior cantora brasileira. Minha paixão por Elis começou quando eu tinha catorze anos e fui morar em Porto Alegre para fazer o segundo grau. No apartamento das minhas irmãs tinha o LP Falso Brilhante, que alguém dera de presente de aniversário para minha irmã Raquél. Esse álbum foi a minha porta de entrada para a obra de Elis. Depois de escutá-lo exaustivamente, comecei a comprar todos os discos de Elis que encontrava pela frente. Estávamos no ano de 1978 e quatro anos depois, em 1982, ela faleceu. Já contei aqui no blog da ciumeira da minha mãe no dia da morte da Elis, mas vale repetir: Minha mãe, que morava no interior, ia a Porto Alegre nos visitar de uma a duas vezes por mês. A sua chegada sempre era para mim motivo de grande alegria e eu ia recebê-la lá embaixo, na entrada do prédio. Pois no dia da morte da Elis eu chorava tanto que ignorei completamente a chegada de minha mãe. E ela mandou essa: Nossa! Quase não consegui subir as escadas, tal a cachoeira de lágrimas que está rolando até lá embaixo! Quero ver se quando eu morrer tu vais chorar tanto quanto estás chorando pela Elis...Minha querida mãezinha já se foi e eu chorei, sim, muito mais por ela do que pela Elis... Mas até hoje sinto muito a falta da minha cantora preferida e fico sempre imaginando o que ela estaria cantando se estivesse viva. Durante muito tempo imaginei Elis cantando Exagerado, de Cazuza, por exemplo... Hoje não sei, acho que ela cantaria Thiago Pethit, sempre antenada que era em lançar novos compositores. Minha amiga e vizinha de porta do apartamento da Rua Garibaldi, em Porto Alegre, Annelise Hachmann era, como eu, apaixonada pela Elis e, durante algum tempo, nos reuníamos no dia 17 de março para uma comemoração íntima, nossa, na qual homenageávamos Elis ouvindo seus discos, vendo fotografias e bebendo vinho. Com o tempo a vida vai seguindo, a gente vai se acostumando com as perdas, surgem novos talentos... Cássia Eller foi, durante muito tempo, minha preferida. Mas, como Elis, até hoje, nunca mais. Seu lugar continua vago. Nem sua filha Maria Rita, de quem sou grande admirador, conseguiu ocupar. Guardo até hoje o autógrafo que Elis me deu quando fui assistir ao seu show Essa Mulher, em 1979, em Porto Alegre, no Teatro Leopoldina. Em 1980 tive o privilégio de assistir, no Canecão, no Rio de Janeiro, ao show Saudade do Brasil, na minha opinião o melhor show de música a que jamais assisti. Tenho tudo o que sai dela e sobre ela em DVD e já comprei quase tudo o que tinha em vinil em CD. E, quem for a Porto Alegre e quiser conhecer, na Casa de Cultura Mario Quintana existe um memorial dedicado a ela. Seu último show, O Trem Azul, eu assisti, também em Porto Alegre, no ginásio de esportes Gigantinho. E até hoje adoro, de vez em quando, chegar em casa, colocar uma luz mais baixa, abrir um vinho e ficar degustando a obra de Elis. Isso mesmo: Elis, não basta apenas ouvir. É preciso degustar...
A foto que ilustra o post eu ganhei de um amigo que trabalha no jornal Zero Hora, de Porto Alegre.

segunda-feira, 14 de março de 2011


O VÔO DA BORBOLETA
Eu sou um grande admirador do colunista, romancista, contista e dramaturgo Antonio Bivar. Gosto de tudo o que ele escreve. Aliás, uma das primeiras peças de teatro a que assisti, em 1978, em Porto Alegre, foi justamente Alzira Power, de sua autoria. Vivíamos o auge da censura e eu, no auge dos meus catorze aninhos, só consegui entrar no teatro devido a uma distração do segurança que ficava na porta...Um dia li na coluna do Bivar em uma revista que, certa feita, quando ele trabalhava para Samuel Wainer em uma de suas publicações, Samuel teria dito: Bivar, escreva sempre, e sempre entregue seus textos no prazo. Se um dia faltar assunto, e isso vai acontecer, invente. Escreva, sei lá, sobre o vôo da borboleta. Mas escreva. É isso: o vôo da borboleta do título do post significa o meu momento falta de assunto. Demorou mais de um ano, mas chegou. Já estamos na metade do mês de março e eu só havia escrito um post. E não é que não esteja acontecendo nada na minha vida, na cidade, no país ou no mundo. Imagina! O Japão na calamidade em que se encontra. Os preparativos para a visita de Obama, o casamento do príncipe William, a despedida do carnaval, o Mau Mau que deixou a casa do BBB 11, a Glória Pires presa injustamente na novela... Mas sabe a síndrome da página em branco? Que se transmutou em uma tela do word te olhando vazia? Eu tenho um compromisso, comigo mesmo e com os leitores, de alimentar esse blog. Por isso, minha borboleta de asas coloridas e brilhantes voa feito louca dentro de casa, se debatendo nos móveis, janelas, lustres... Agora ela fez um pouso na tela do computador. Ficou tão lindo! Imaginem uma borboleta em São Paulo, flanando perdida pelos Jardins, errando de prédio em prédio, até que encontra aberta a minha janela, me vê parado em frente ao computador e pensa – se é que borboletas pensam – Pobre escritor sem assunto, preciso ajudá-lo. Obrigado, borboleta. Acho que você está conseguindo me salvar. Deixa eu ver...É, já tenho quase meia página de texto... Valeu! Meu olhar se divide entre a borboleta pousada na tela e a cuia do chimarrão. Sim, eu mantenho o gauchesco hábito do chimarrão diário. Sozinho, mas mantenho. O bom, lá no Rio Grande, é que os amigos sempre passam na sua casa, no fim da tarde, pra tomar chimarrão juntos. E aí sim, assunto é o que não falta! Semana que vem, mais precisamente no dia 22, vai completar quinze anos que estou morando em São Paulo... E ainda assim sigo tomando meu chimarrão, falando com sotaque gaúcho e escrevando sobre borboletas pra disfarçar a falta de assunto. Obrigado, Bivar. Um dos meus escritores preferidos me salvando do constrangimento de não ter o que dizer... Mas, como dizia Clarice, outra das minhas preferidas, há tanto o que se ler nas entrelinhas... À bientôt!
Na foto, Bivar e Leilah Assumpção nos anos setenta.

sexta-feira, 4 de março de 2011


OUTROS CARNAVAIS
To me guardando pra quando o carnaval chegar eu continuar me guardando. Sabe como é? Não tenho mais idade, ou melhor, paciência pra tanta folia. Para mim, esse não passa de um fim de semana igual a outro qualquer. Mentira, né? Vai ser um fim de semana, no mínimo, recheado de lembranças... Quanto riso! Óh, quanta alegria... A começar por esse álbum de Caetano, Muitos Carnavais. Adoro. Tenho especial carinho pelo vinil em si, que ganhei de presente do meu querido amigo Paulo Teixeira, com a seguinte dedicatória: “Roberto, para que a tua vida seja uma festa, como esse disco é”. Emblemático. E mais, passados já quase trinta anos desde que foi cunhada, hoje a inscrição revela-se profética. Minha vida tem sido sim, graças a Deus, uma festa. E o disco também continua sendo. Ainda não o tenho em CD, como acontece com a maior parte da obra de Caetano. Mas vou ter... E o carnaval segue revelando talentos siliconados para o Brasil e para o Brazil. Mais de mil palhaços no salão. Não gosto de ir aos desfiles e nem mesmo de assisti-los pela televisão. Morro de sono. Ano passado fui ao cinema assistir ao filme Avatar, na terça-feira de carnaval. Também não era o caso. Mas eu tinha que ver, pra saber... Quando eu tinha seis anos de idade participei pela primeira vez de um bloco de carnaval. O bloco da rainha do carnaval infantil do Clube Comercial de Soledade. Seu nome era Cristina. Ela foi de Branca de Neve e nós, os sete meninos integrantes do bloco, de Sete Anões. Lança menino, lança todo esse perfume. Lembro que o menino que fez o Dunga tinha apenas três anos e era bem maior do que eu... Snif! O mesmo Clube Comercial foi cenário, anos mais tarde, de outras fantasias e performances que agora nem cabe lembrar aqui. Desbaratina, não dá pra ficar imune... (Eu sou aquele Pierrot, que te abraçou e te beijou...). Adoro ficar em São Paulo nesses feriados prolongados. Uma massa de seres humanos motorizados toma conta das estradas, das praias, dos destinos turísticos em geral, e a cidade fica toda minha. Uma maravilha. Sem trânsito, sem filas, sem esperas em restaurantes... Teve um ano que saí, junto com meu amigo Edson Cordeiro, vestidos de mulher, na Banda do Redondo. A mesma máscara negra: Betina Botox e Paulinha Perigo. Paulinha linda, parecendo a Adriana Garambone. E eu, a cara da Tereza Raquél... O máximo da falta de noção foi eu ter ido pro Ritz, depois do bloco, ainda travestido... Uma coisa que adoro fazer é fantasiar. Fico imaginando como seria minha atual fantasia... Mas é só na imaginação! Pois, como diria Caetano num dos versos d'A Filha da Chiquita Bacana, “nunca entro em cana porque sou família demais”... Será? Parece que até a Sandy já tem seu lado devassa... Vai saber!
Bon carnaval pour tous...