EU FUI AO TEATRO
Nesse último fim de semana resolvi me colocar em dia com a produção teatral de São Paulo e assisti a três espetáculos muito interessantes: Inverno da Luz Vermelha, As Três Velhas e O Estrangeiro. Gostei dos três. Pela ordem em que assisti:
Inverno da Luz Vermelha, de Adam Rapp, tem direção de Monique Gardenberg e traz no elenco Marjorie Estiano, André Frateschi e Rafael Primot. A solidão, o desamor, o isolamento das grandes cidades abordados de forma humana e delicada, e, surpreendentemente, com bastante humor. A direção cinematográfica de Monique, emoldurada pela iluminação brilhante de Maneco Quinderé e embalada pela excelente trilha sonora, revela ao público, da melhor maneira, o enorme talento dos três intérpretes. Marjorie Estiano, que eu já conhecia da televisão, surpreende sur la scène, compondo com graça e sensibilidade a garota de programa que se faz passar por francesa. E arrasa no número de cabaret que faz mostrando o belíssimo corpo, toda trabalhada na sensualidade... André Frateschi eu também já conhecia do show Canções Para Cortar os Pulsos, que ele fazia com Cida Moreira interpretando Tom Waits. Também está ótimo e dá um show à parte tocando e cantando. Mas a grande revelação, pra mim, nesse espetáculo, é o talento de Rafael Primot, que compõe, com muita sensibilidade, o nerd solitário e apaixonado. Que ótimo ator! Sempre fico muito feliz de ver jovens talentos em cena. Parabéns aos três.
As Três Velhas, de Alejandro Jodorowsky, tem direção de Maria Alice Vergueiro e traz no elenco, além da própria, Luciano Chirolli e Pascoal da Conceição. Aqui se dá quase que o oposto: a excelência do texto está amparada na experiência do trio de atores já consagrados. Maria Alice e Pascoal defendem seus personagens com muita competência e Luciano Chirolli com um brilhantismo que emociona. É um virtuose. Que grande prazer é ver o Luti representar...
Já O Estrangeiro, de Albert Camus, dirigido por Guilherme Leme e Vera Holtz, traz Guilherme sozinho em cena contando de forma limpa, clara e belamente coreografada a história do homem que é condenado à morte por não aceitar mascarar seus sentimentos como quer a sociedade em que vive. Aqui também a luz de Maneco Quinderé contribui para a beleza do espetáculo, quase contracenando com o ator...
Foi inspirador. Pretendo fazer mais vezes essa maratona teatral. Quem faz teatro sabe como é difícil conseguir assistir aos espetáculos dos colegas, pois estamos sempre em cartaz ou em turnê. Mas, sempre que puder, vou repetir. Aproveito para agradecer, aqui, a todos os profissionais envolvidos nessas três montagens que são, verdadeiramente, três Espetáculos! É tão bom ir ao teatro e gostar...
acabo de voltar do POA em cena, tb tirei meu atraso, rs!!! tive c amigos de soledade, lembrei de vc, no fim da prox semana aporto em sp!
ResponderExcluirespero ver vc em breve!!
lindo se post comentando das peças. bjs!
Concordo plenamente,é muito bom ir ao teatro e assistir bons espetáculos como IN ON IT,por exemplo . Que ótima indicação a tua. bjos.
ResponderExcluirOuso dizer que o teatro é o sangue que corre nas veias da arte e este, corre em suas veias. Desejo um encontro feliz entre você e o texto que procura.Saudades
ResponderExcluir