terça-feira, 24 de agosto de 2021
AGOSTO SEM FIM
Oi blog! Faz tempo, não é? Ando sumido daqui. Agosto já se aproxima do fim e eis-me aqui na primeira postagem do mês, que pelo jeito será a única. Escrever não é fácil. Aliás, ultimamente, viver não anda fácil. Como cantava Chico, tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu... Agosto, via de regra, é um mês estranho. Nunca tive problemas com ele, para mim sempre foi um mês como outro qualquer. Mas em agosto do ano passado, em plena pandemia, Weidy e eu passamos por um baque, uma experiência traumatizante que se estendeu mês adentro e que ecoa ainda nos dias de hoje. Logo, estou torcendo para que setembro chegue trazendo esperanças de renovação, primavera, mudança, superação. E, quem sabe, disposição para escrever. Melhor dizendo, disposição e inspiração para escrever. Uma sem a outra não basta... Nem tudo está perdido: Voltei a dirigir teatro, o que há muito não fazia. No caso, o espetáculo O L Perdido, com Grace Gianoukas e Agnes Zuliani, que teve pré-estreia em São José dos Campos e que deverá estrear aqui em São Paulo no dia cinco de setembro, se Deus quiser e o andamento da pandemia permitir. Eu sigo muito apavorado com ela, me mantendo isolado, à beira da fobia social. Me permiti ensaiar de máscara, evitando contato físico, e não fui até São José para a pré-estreia. Às vezes não vejo saída, às vezes me encho de esperanças, outras fico quieto e só no meu canto esperando o tempo passar. Triste é quando me dou conta de que ele passou e eu fiquei... Agosto que há vinte e quatro anos levou meu pai, nos leva agora Paulo José e Tarcísio Meira. Dois grandes artistas, pedaços da memória desse país. O inverno rigoroso que tivemos esse ano também se aproxima do fim. O calor volta aos poucos e com ele os banhos de sol e as noites de lua. Vez em quando me socorrem caminhadas no parque, passeios de bicicleta e pores de sol. Me ocorre agora, para encerrar, os versos da canção dos Titãs: Quando não houver esperança, quando não restar nem ilusão, ainda há de haver esperança. Em cada um de nós algo de uma criança. Enquanto houver sol ainda haverá... Bom fim de inverno a todos!
Na foto, eu mascarado no ensaio com Grace e Agnes.
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O sol há de brilhar mais uma vez...
ResponderExcluirSergio, querido! Ainsi soit-il!
ExcluirEstava e ainda estou com saudades dos seus escritos, divagações, encantamentos e indicações. Fico feliz que você está quebrando o casulo, a pandemia está aí e teremos obrigatoriamente de conviver com ela ainda por muito tempo, da melhor forma, da forma possível, correr riscos faz parte da vida, senão não é vida. Beijos ansiosos pelo próximo post.
ResponderExcluirComente o processo dos ensaios e vai dando um 'spoilerzinho' sobre a peça. Bjos
Odilon, meu fiel leitor! Para saber sobre a peça você terá que correr alguns "riscos" e vir até SP para assisti-la. Assim já matamos saudades. Bjo!
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