Tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo, me absorvendo. Tive sonhos estranhos nesse começo de agosto. Sonhei que viajava na leitura do romance de um escritor japonês, cujo protagonista se envolvia com garotas de programa e visitava um homem carneiro na escuridão do andar misterioso de um hotel. O escritor era Haruki Murakami e o livro, Dance dance dance. Depois eu ia assistir a um espetáculo incrivelmente interessante chamado Krum, que a atriz Renata Sorrah encenara com um grupo de teatro de Curitiba. Ou teria sido antes? Nos meus estranhos sonhos de agosto eu também era convidado para uma estreia VIP da comemoração de trinta anos de carreira de Claudia Raia, uma espécie de stand up comedy musical, que contava toda a trajetória dessa estrela do teatro, da dança e da televisão alternando depoimentos autobiográficos com números musicais, seguido de coquetel regado a champanhe, vinho, uísque e delícias de uma rede de restaurantes pseudo-franceses que apoiava o evento. Sem falar no escandalosamente lindo cenário de Gringo Cardia e nos figurinos bafônicos de Fabio Namatame. Quando se trata de Claudia Raia, a gente espera pelo menos uma noiva que chegue ao altar da Candelária com o véu ainda pra fora da porta... E o sonho seguia comigo novamente em cartaz na capital paulista com Homens Insanos, dessa vez com Wandy Doratiotto no elenco, e mais um convite para stand up comedy musical, dessa vez protagonizado por Mariza Orth, uma espécie de pocket Claudia Raia ou, melhor dizendo, um Raia 30 diet muito bom ou até melhor. Em Romance Volume III, Marisa canta, encanta e faz rir com textos impagáveis. O filme que participei, um documentário sobre o escritor Caio Fernando Abreu, passava num bar-teatro do Baixo-Augusta para uma plateia que se mandou ao término da projeção sem demonstrar o menor interesse em fazer perguntas para a autora do roteiro que estava presente. E por fim, eu viajava para Florianópolis para me apresentar com os Homens Insanos e ficava hospedado em um maravilhoso hotel na praia de Jurerê Internacional: O Il Campanario. Com direito a chefs de vários restaurantes me contemplando com suas criações e à visita de minha irmã e suas amigas que tinham vindo do sul para me assistir. Então adormeci e me dei conta de que nada fora sonho, tratava-se da mais pura e concreta realidade... Mas não tem revolta não. Bem vindo, mês de agosto. Amanhã será um novo dia, certamente eu vou ser mais feliz...
Na foto, encarno o Homem Carneiro de Murakami.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
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Sempre um texto saboroso digno dos chefs do Il Campanário.
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