Mais um ano se passou. Que bom, né? Nada como a passagem do tempo para curar males e trazer renovação e experiência. Adorei ter voltado aos palcos em 2017, depois de um jejum de quase dois anos. Retomei o humor da Terça Insana e também tive o privilégio de participar de Caio Entre Nós, homenagem ao querido e saudoso escritor Caio Fernando Abreu. Essa minha participação foi o start para um projeto solo que estou desenvolvendo e pretendo estrear no ano que se inicia. Foi também a retomada da parceria artística com meu mestre e amigo querido Luís Arthur Nunes... E nada melhor para encerrar o ano do que um filme novo de Woody Allen. E esse é dos bons: Roda Gigante. Com Kate Winslet dando um show de interpretação. Tenho a impressão de que Woody Allen se aproxima cada vez mais de Tennessee Williams. Já foi assim com Blue Jasmin, uma espécie de releitura de Um Bonde Chamado Desejo. Agora, em Roda Gigante, a gente tem a impressão de que assiste a uma peça de Tennessee. Não a uma em específico, mas ao universo do dramaturgo, suas personagens cujas vidas se perderam por um mau passo que deram no passado e que agora se entregam ao álcool, aos remédios, às frustrações e vivem à beira de um colapso... Um prato cheio para Kate Winslet presentear os espectadores com seu enorme talento. A personagem tem enxaqueca e a atriz chega a ter cara de enxaqueca de tão perfeita que é a composição. Um Woody Allen mais sério, com menos piadas, mas ainda assim muito bem vindo... Quero aproveitar para agradecer a todos que me seguem, me leem, me comentam e, de alguma forma, me admiram. E aproveito para confessar que sou carente, sim. Adoro me sentir querido e amado por todos. Não que almeje aqueles milhões de seguidores dos youtubers. Mas que as minhas centenas sejam sempre significantes... E agora deixa eu voltar para as minhas panelas, a lentilha já está cozinhando e o lombinho já está assando... Feliz Ano Novo a todos e todas!!!
Nas fotos, eu em cena de Caio Entre Nós, dirigido por Luís Arthur e fotografado por Flavio Wild, e Kate Winslet quebrando tudo em Roda Gigante.
domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 23 de dezembro de 2017
VAI, MALANDRA!
Eu sinto muito que, junto com o fim do ano, estejamos vivendo também o fim da elegância. Isso sem falar do triste fim das noções mais básicas de civilidade, convivência e ética. Mas aí já seriam assuntos demais para um simples post. Vou tentar focar na elegância. Ou no fim dela, mais especificamente. E nada como um pouco de futilidade para refrescar os ânimos nesse início de verão que já pega fogo... Anitta lançou clipe novo e, para variar, causa polêmica nas redes anti-sociais. Eu não sei como as pessoas tem paciência para polemizar tanto sobre tantos assuntos. Os argumentos vão desde feminismo e machismo até racismo e classismo. Eu digo: Muito barulho por nada, para citar Shakespeare. É óbvio que Anitta deixou a celulite à mostra porque está de olho na concorrência das gordinhas sertanejas... Já a música é o mesmo lixo de sempre. E a elegância, ali, passa lonje... Para continuar na música, só que boa, outro dia, assistindo ao programa do Ronnie Von na tevê, vi um músico talentosíssimo que ficava o tempo todo com a perna direita cruzada sobre a esquerda segurando com a mão esquerda o pé direito pela sola do tênis. Essa mesma mão que manipulava frenética a sola suja vez por outra coçava a orelha ou o nariz, quando não marcava os acordes no braço do violão. Fiquei me perguntando se esse rapaz não tinha uma mãe, uma esposa, uma namorada ou mesmo um amigo que lhe dissesse que a gente não fica manipulando a sola do sapato em rede nacional. Não diante de um príncipe como Ronnie Von, a própria personificação da elegância... E agora da música para as ruas: Eu ando muito de transporte público. E assisto diariamente a cenas de deselegância nivel top (expressão que considero extremamente deselegante). Algumas pessoas falam tão alto no ônibus, expondo para todos os passageiros desconhecidos as suas constrangedoras intimidades, que dá vontade de saltar no primeiro ponto. Isso sem falar que escutam em alto e bom som mensagens de áudio do whatsap, respondem a essas mensagens e, como se fosse pouco, assistem a videos e ouvem músicas também em volume máximo. É a própria descida aos infernos, sem ter o poeta por companhia... Para continuar no âmbito do transporte coletivo, olhando pela janela a deselegância abunda desfilando pelas calçadas. É um tal de homens usando terno com tênis de academia pra cá, mulheres usando vestidos com tênis pra lá, ou, ainda pior, tailleurs com improváveis tênis. Eu compreendo que os tênis são muito mais confortáveis do que os incômodos sapatos sociais que as pessoas precisam usar no trabalho. Mas se vestir pela metade levando os sapatos na bolsa ou deixando-os no trabalho para calçá-los ao chegar já é demais. E o trajeto? Vale desfilar a própria deselegância Avenida Paulista afora em nome do conforto? Será que essas pessoas pensam que vão invisíveis até o trabalho? Eu sei que tudo isso é nada diante de todas as nossas deficiências, nossas carências, ignorâncias e pobrezas, as de espírito principalmente. Só que umas são desgraçadamente reflexo das outras. Somos o que somos e temos o que merecemos ter... Bora jogar na Mega-Sena acumulada pra ver se a gente fica rica igual à Clara da novela e sai dando lição nos juízes e delegados por aí? Não seria má ideia... Futilidades e deselegâncias à parte, Feliz Natal e Ano Novo para todos! Acho que ainda nos falamos por aqui antes da virada. À bientôt...
Na foto, eu, desfilando minha própria deselegância na Rua 25 de Março.
Na foto, eu, desfilando minha própria deselegância na Rua 25 de Março.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
BODAS DE PAPOULA
Hoje meu blog está de aniversário, fazendo oito anos. São as nossas Bodas de Papoula. Adorei saber que bodas de oito anos são de papoula. Desde pequeno gostava dessa flor de cor intensa, potente e ao mesmo tempo frágil. Potente porque dela se extrai o ópio, origem de diversos narcóticos, e frágil porque pode se despetalar toda se for tocada bruscamente. Minha mãe tinha algumas no quintal de casa. Depois, quando fui morar em Paris nos anos noventa, eu as encontrei plenas, fortes e coloridas no Jardin des Plantes. Lá venho eu de novo com Paris. Tudo sempre acaba me levando para lá. Principalmente nessas fases de abstinência, como a que me encontro agora, depois de dois anos e meio sem visitá-la... Mas, voltemos ao blog. Ao aniversário do blog, mais especificamente. Todo ano eu meio que repito a mesma ladainha - la même rengaine, como dizem os franceses. (Olha eles aí novamente). Mas, enfim: O blog me conecta. Com o mundo, comigo mesmo e, principalmente, com as pessoas. Ainda que poucas, para esses tempos de milhares de seguidores a definir o que é ou não é um sucesso. Confesso que ando um tanto preguiçoso e postando bem menos do que outrora. Mas são ciclos, como aliás tudo na vida. O importante é que quando eu ando perdido por aí, como se estivesse doidão de alguma substância extraída da papoula, meu blog me traz de volta. Ele representa uma espécie de compromisso que me vejo obrigado a honrar. E acaba sendo sempre um grande prazer jogar algumas ideias aqui para que germinem e, quem sabe, venham a dar frutos... Falei acima que da papoula se extrai o ópio, origem de diversos narcóticos. Mas não apenas narcóticos, também analgésicos e hipnóticos. E drogas como a morfina e a heroína. Fico imaginando Toulouse-Lautrec mascando ópio - ou seria fumando? - no salão vermelho de algum cabaret de Montmartre acompanhado de uma corista ou prostituta amiga que lhe serve o absinto em taças de cristal Baccarat... Paro por aqui. Como podem ver, todos os caminhos me levam a Paris. Ainda que atualmente só na imaginação... Parabéns para o blog e, modestamente, para mim! Afinal de contas, eu sou ele e ele é eu... Muitas papoulas bem coloridas para nós!
E para todos os leitores, évidemment... Santé!
E para todos os leitores, évidemment... Santé!
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
SAMPA STORIES
Entrei no vagão do metrô na estação da Sé e alguém que acabara de sair pelo lado oposto perdeu uma carteira que pousava diante da porta. Me abaixei para pegá-la, a campainha tocou, a porta fechou e o trem partiu deixando para trás a pessoa a quem a carteira pertencia. Abri. Era uma daquelas carteirinhas cheias de envelopes plásticos, um porta documentos, na verdade. E eles estavam todos ali. Pertenciam a uma moça, uma bombeira, como pude ver pela sua credencial. Além dos vários documentos, carteira de identidade inclusive, havia diversos cartões. Puxa, que maçada. Já pensou o trabalho que ela teria para refazer todos os documentos e bloquear todos os cartões? O que pude fazer foi deixar a carteira no guichê da estação em que desci, com a promessa do funcionário de que iria lançar nos achados e perdidos. Fiquei imaginando o trabalho que a moça teria e me lembrando de uma vez em que esqueci uma pequena valise no metro daqui de São Paulo. Eu estava morando no Rio e vim passar um fim de semana na Pauliceia chez minha amiga Lucia Serpa, quando, ao trocar de trem na mesma estação da Sé, deixei minha pequena mala num cantinho do vagão. Como não sabia dessa história de achados e perdidos, segui até a casa da minha amiga completamente arrasado por haver perdido cadernos de notas, fotos, máquina fotográfica, passaporte e, pasmem, dólares. Saí para curtir a noite paulistana e, ao chegar em casa, minha amiga me avisa que haviam ligado para mim do metrô dizendo que minha mala tinha sido encontrada. Quando o trem chegou ao fim da linha o condutor revisou todos os vagões e encontrou minha valise. No guichê eles a arrombaram e encontraram meu telefone do Rio. Ligaram e a menina que dividia apartamento comigo deu o telefone da minha amiga de São Paulo. Inacreditável. Parece que a cena se passou na Europa ou nos Estados Unidos, não? Pois foi aqui mesmo, na velha e boa Sampa. E a valise estava intacta, com tudo dentro. Dólares inclusive. E mais, o metrô não aceitava recompensa. Apenas me pediram para redigir uma carta relatando o ocorrido, o que de pronto atendi. Juro: Se na carteira que encontrei hoje tivesse um número de telefone, eu teria ligado na hora para poupar à brava bombeira o trabalho que ela certamente terá. Sem falar que eu me sentiria finalmente quite com a incrível equipe do metrô de São Paulo. É por essas e outras que amo essa cidade...
Pois nessa mesma São Paulo da garoa, descia eu dia desses a rua Augusta quando quase esbarrei em um menino que, ao passar roçando por mim, sussurrou: Tiozinho gato. Ao ouvir essas palavras virei na direção dele sorrindo agradecido pelo elogio e, ao virar a esquina, fiquei frente à frente com uma vitrine que me refletiu muito velho. Então entendi toda a carga de crítica que o elogio continha: Ele me achou gato, porém tiozinho. Eu sou um velho até que bonitinho. Ele mordeu e assoprou em seguida. Que crueldade. Eu jamais faria um elogio desse tipo. A gente precisa tomar decisões na vida: Ou elogia ou critica! Os dois, de uma vez, assim de soco, não é qualquer um que está preparado para receber. Ainda mais nessa São Paulo que tanto amo...
Na foto, o bilhete da primeira viagem de metrô que fiz em São Paulo, aos onze anos, quando vim com meus avós passar férias na casa do meu tio.
Pois nessa mesma São Paulo da garoa, descia eu dia desses a rua Augusta quando quase esbarrei em um menino que, ao passar roçando por mim, sussurrou: Tiozinho gato. Ao ouvir essas palavras virei na direção dele sorrindo agradecido pelo elogio e, ao virar a esquina, fiquei frente à frente com uma vitrine que me refletiu muito velho. Então entendi toda a carga de crítica que o elogio continha: Ele me achou gato, porém tiozinho. Eu sou um velho até que bonitinho. Ele mordeu e assoprou em seguida. Que crueldade. Eu jamais faria um elogio desse tipo. A gente precisa tomar decisões na vida: Ou elogia ou critica! Os dois, de uma vez, assim de soco, não é qualquer um que está preparado para receber. Ainda mais nessa São Paulo que tanto amo...
Na foto, o bilhete da primeira viagem de metrô que fiz em São Paulo, aos onze anos, quando vim com meus avós passar férias na casa do meu tio.
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
ADORABLE KIKI
Deus do céu, não quero que pensem que transformei meu blog em um obituário! Mas Fazer o quê se esse dezembro resolveu levar tanta gente bacana? E como não falar de Eva Todor, minha eterna Kiki Blanche? Eu era um adolescente tímido do interior quando ela surgiu na telinha da tevê como a esfuziante ex-vedete dona de salão de beleza na novela Locomotivas. Minha paixão/identificação foi imediata e definitiva. O mundo glamuroso e cheio de brilhos de Kiki me abria horizontes na limitada e limitante cidade pequena. Tanto que um ano depois, quando mudei para a capital, Porto Alegre, uma das primeiras peças a que assisti, no extinto Teatro Presidente, foi Quarta-feira Sem Falta Lá em Casa, que Eva protagonizava ao lado da mitológica Henriette Morineau. Esperei-a na saída dos artistas, pedi seu autógrafo e a fotografei. Enquanto a lenda do teatro, Mme. Morineau, aguardava ao lado... Não dá para esquecer seu timing único de comédia, aqueles sustinhos que ela levava bem no meio das frases que, após uma rápida interrompida, retomava como se nada tivesse acontecido... Era sempre com muito prazer que eu acompanhava suas aparições na televisão. E no cinema, sua antológica participação em Meu Nome Não É Johnny, como a velhinha traficante de "ambrosia", é apenas definitiva... Que bom que ela viveu muitos anos, quase cem, sempre trabalhando e fazendo um sucesso mais do que merecido. Vai em paz, maravilhosa Eva Todor. Eu aqui tratarei sempre lembrá-la com carinho...
Nas fotos, Eva autografando, o autógrafo em si e posando toda glamurosa coberta de peles no saguão do Presidente.
Nas fotos, Eva autografando, o autógrafo em si e posando toda glamurosa coberta de peles no saguão do Presidente.
sábado, 9 de dezembro de 2017
AU REVOIR, OCIMAR
Já está ficando chato essa coisa de pessoas queridas partirem cedo demais. Agora foi a vez do Ocimar Versolato. Que ele era um gênio da alta costura todo mundo sabe. Por isso mesmo nem pretendo ficar chovendo no molhado nesse post. Prefiro falar da sua alegria e do prazer que sempre foi estar na sua companhia. Conheci o Oci através de outro querido, meu grande amigo Edson Cordeiro, conterrâneo dele do ABC Paulista. Estávamos no começo dos anos 2000 e Edinho sempre levava o Oci para assistir à Terça Insana nos primórdios do Next Cabaré, no centro da cidade. E ele foi um dos grandes incentivadores do sucesso do nosso projeto que engatinhava: Passou a levar suas amigas socialytes para nos assistir, formando filas de carrões com motoristas na frente do pequenino Next... Oci sempre me recebeu muito bem na sua casa do Jardim América, fazendo questão de me por logo à vontade sabendo bem da minha timidez. E o champanhe rolava. Invariavelmente acabávamos no seu quarto assistindo com ele ao Programa do Ratinho, sua atração de tevê favorita à época. Até hoje assisto ao Ratinho por influência dele... Oci sempre levava o Ney Matogrosso, seu grande amigo e meu ídolo, para nos assistir no Avenida Clube. E sempre me levava nos shows do Ney com direito à ida no camarim depois da apresentação. As festas na sua casa da Rua México eram memoráveis. E, baladeiro que só, acabou me arrastando várias vezes para a Loka e para a The Week, logo eu, que sempre fui velho e que à meia-noite já estava bocejando... Eu adorava quando ele me mostrava pérolas da MPB, para testar meus conhecimentos, e eu sabia quem era que estava cantando. Ou quando eu não conseguia adivinhar quem era, como na vez em que me mostrou Gal cantando Love, Try and Die, do álbum Le-Gal... Que tristeza ele partir assim, tão precocemente. Dias atrás eu comentei numa foto dele do instagram: Tá em SP? E ele respondeu: Sim, Robertinho. Em seguida respondi: Vancivê? Rsrsrs... E ele nem chegou a responder. Vou guardar só coisas boas e alegres, momentos inesquecíveis que ele me proporcionou. Como ir com ele ao show da Rita Lee no extinto Olímpia e tirar foto com ela no camarim. E muitos mais. Sempre rindo muito. And drinking champagne... Bon voyage, Ocimar! E au revoir...
A foto foi feita numa das idas do Oci ao Avenida Clube.
A foto foi feita numa das idas do Oci ao Avenida Clube.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
MUSIC AND ME
No início dos anos noventa, quando ainda morava em Porto Alegre, participei de um programa de rádio da jornalista Ivete Brandalise chamado As Músicas Que Fizeram Sua Cabeça. Em uma hora de programa, Ivete percorria a vida do entrevistado pautando suas diversas fases através de dez músicas previamente selecionadas por ele. Foi um dos programas de entrevista que mais gostei de ter participado até hoje. Ainda tenho guardada uma fita K7 com o registro do programa, embora hoje em dia eu nem tenha mais onde reproduzi-la. Quem me conhece ou segue o blog sabe que minha vida sempre teve trilha sonora. Minha ligação com a música vem desde a mais tenra idade. Nem me refiro aqui aos meus estudos de piano e teoria musical, que começaram aos nove aninhos, mas à influência que minha mãe teve sobre mim com seu gosto musical. E, voltando ao programa de Ivete, a primeira música que citei e ela tocou no programa foi Camisa Listada, sucesso de Carmen Miranda, que vem a ser o primeiro registro que tenho na memória de uma música que tenha feito minha cabeça. Pois essa música minha mãe cantava para mim desde pequeno e eu amava, vai saber porquê... Ou melhor, sei bem porquê: "Se fantasia de Antonieta e vai dançar no Bola Preta até o sol raiar"... Depois eu seguia escolhendo uma música que representasse cada fase da minha vida até o momento presente e Ivete ia questionando tudo o que achasse curioso ou interessante. Mas eu tinha apenas vinte e poucos aninhos... Hoje seria bem mais difícil para mim escolher apenas dez músicas. Camisa Listada continuaria sendo, sem dúvida, a primeira. Mas o restante, ai! Eu penaria para resumir em apenas nove. Benjamin Clementine estaria com certeza na lista. E Antony Hegarty. E Jimmy Scott. E Ella Fitzgerald. E Colle Porter. E Billie. E Nina Simone. Afff! Paro por aqui, senão o post vai ficar enorme. Boas músicas a todos...
Nas fotos, little Jimmy Scott e Benjamin Clementine.
Nas fotos, little Jimmy Scott e Benjamin Clementine.
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